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A economia virtual tem no Google seu centro nervoso. A empresa se tornou o principal organizador de informação da internet e se encaixa perfeitamente na tese de que a tendência é de que o usuário tenha uma experiência gratuita na rede. O negócio começou como uma ferramenta de busca e foi estendendo tentáculos para e-mail, site de relacionamentos, de veiculação de vídeos (com a compra do YouTube), mapas e blogs. Por trás disso tudo está a intenção de fazer com que as pessoas gastem o máximo de tempo possível conectadas e que sejam direcionadas para outros sites.

"A dominância do Google, lembra o que aconteceu antes com a IBM ou a Microsoft. A empresa apresentou um novo modelo que muda como negócios são feitos e como as pessoas se relacionam", diz Maria Alexandra Cunha, professora do curso de administração da PUC-PR especializada em tecnologia da informação. Como argumenta um artigo recente na revista Wired, o Google tem uma visão macroeconômica em que o impera o gratuito – de forma altruística, ela dá seus produtos para que qualquer internauta use o quanto quiser. O dinheiro circula na microeconomia, onde toda a informação da rede serve para conduzir os melhores anúncios para cada pessoa.

"Por trás do Google existe um investimento bilionário. O que parece ser de graça custa caro e por isso são poucas as empresas hoje com chances de rivalizar com o Google", diz Fernando Arbache, professor do Isae/FGV. "As ferramentas de busca e os sites de relacionamento formam uma nova forma de boca a boca e de criação de referências." A visibilidade on-line se constrói com muito mais dados do que no mundo físico e é por essa organização que as grandes companhias de informática competem. (GO)

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