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A Google revelou nesta segunda-feira ter retirado do YouTube 640 vídeos que supostamente faziam apologia ao terrorismo. Os vídeos foram deletados no segundo semestre de 2011, após a Associação de Chefes de Polícia do Reino Unido pedir a remoção de cinco contas de usuários e suas respectivas imagens.

A revelação está no último relatório de transparência da empresa, que mostra que diversos outros pedidos de retirada de material foram feitos por autoridades internacionais. Mas, apesar de ter concordado com a associação policial britânica, a Google recusou vários outros pedidos.

Entre julho e dezembro do ano passado, a companhia diz ter recebido 461 ordens judiciais para remoção, que abrangiam 6.989 itens. A Google alega ter acatado apenas 68% dessas ordens. Além das notificações oficiais, a empresa recebeu outros 546 pedidos informais, relativos a 4.925 itens, mas concordou com apenas 43% dos casos.

"É alarmante não apenas porque a liberdade de expressão está em risco, mas porque alguns desses pedidos vêm de países que você não suspeitaria. Democracias ocidentais que não são tipicamente associadas à censura", afirmou Dorothy Chou, analista de políticas do sistema de buscas, em um post do blog oficial da Google.

O Departamento de Passaportes do Canadá, por exemplo, pediu que a filmagem de um canadense urinando em seu passaporte e jogando-o pela descarga fosse retirada do site, enquanto o Ministério de Informação e Tecnologia do Paquistão pediu que se deletasse seis vídeos que satirizam o Exército e políticos do país. Os dois pedidos foram recusados.

Na Alemanha, 70 vídeos que violavam a legislação nacional da criança e do adolescente tiveram o acesso restringido no país. Uma ordem de um tribunal alemão resultou na retirada de 898 resultados de busca consideradas "não críveis" que linkavam para fóruns e blogs com declarações sobre uma agência do governo e um de seus funcionários. Na Tailândia, mais de 100 vídeos foram bloqueados por supostamente insultar a monarquia, um crime no país.

A Espanha pediu a suspensão de 270 links para blogs e artigos que criticavam figuras públicas, como prefeitos e procuradores públicos, mas até agora não teve seu pedido atendido.

Segundo os números da Google, Hungria, Rússia e Turquia tiveram 0% de seus pedidos parcialmente ou completamente cumpridos, enquanto 93% dos pedidos americanos foram atendidos com sucesso.

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