O Google quer aplicar a tecnologia de buscas na web aos problemas de informação que afetam o setor de saúde, mantendo seu compromisso com esse mercado a despeito do ritmo lento de progresso inicial, informou uma executiva da empresa nesta quarta-feira (17).
"Temos um interesse amplo nessa área", disse Marissa Mayer, vice-presidente de produtos de busca e experiência do usuário do Google, durante a Web 2.0 Summit, que reuniu líderes da internet em São Francisco. "O passo inicial será a busca."
Mayer disse que os engenheiros esbarraram por acidente na possibilidade de atuação do Google nesse setor, ao reparar no grande número de usuários que empregam serviços de busca da web à procura de informações sobre problemas de saúde difíceis de diagnosticar, muitas vezes simplesmente digitando os sintomas do problema nos campos de busca de seus buscadores.
"O Google não é médico, mas as pessoas recorrem a nós para uma série de buscas sobre informações de saúde", disse Mayer à platéia de centenas de executivos, investidores e jornalistas. "Existe grande necessidade de informação entre os usuários, e queremos atendê-la."
Concorrência
A maior rival da empresa, a Microsoft, saiu na frente do Google no ramo da medicina, ao introduzir no mês passado um sistema eletrônico de armazenagem de fichas médicas chamado Microsoft HealthVault.
Mayer disse que a companhia também está procurando descobrir como criar registros de saúde transportáveis que ofereçam aos usuários "muito controle" sobre quem terá acesso a essas informações sensíveis.
Diversas empresas de tecnologia, da International Business Machines à Oracle e Siemens, vêm trabalhando há anos para mudar o mercado de registros pessoais de saúde, no qual as informações continuam a ser mantidas em papel. Mas elas enfrentam obstáculos que vão da preocupação com a privacidade aos cortes de orçamentos em programas de saúde.
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