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Trinta mil pessoas de 97 nacionalidades de diferentes já se registraram no Campus de Londres | Fotos: Reprodução/Google Street View
Trinta mil pessoas de 97 nacionalidades de diferentes já se registraram no Campus de Londres| Foto: Fotos: Reprodução/Google Street View

REFERÊNCIA

Campus do Google em Londres já abrigou talentos de 97 países

Quem entra no Google Campus, uma antigo prédio de sete andares na região leste de Londres, encontra exatamente o que se espera de um prédio de uma empresa que se tornou famosa por, entre outros motivos, ter escritórios "cool". Na entrada, dois atendentes jovens e sorridentes recepcionam os visitantes de trás de um balcão branco decorado com peças de Lego gigantes.

De acordo com uma pesquisa encomendada pelo Google em março à consultoria Populus, 30 mil pessoas de 97 nacionalidades diferentes já se registraram no Campus. A maioria é homem (80%) e vem do Reino Unido (47%), seguido por Itália (5%), Estados Unidos (4%), Espanha (4%), França (3%) e Índia (3%). Em 2013, segundo a mesma pesquisa, mais de 260 startups registradas no local conseguiram um total de 20 milhões de libras (cerca de R$ 76 milhões) em financiamento.

Em alguns dos andares estão empresas, dedicadas a assistir startups – e, claro, ganhar dinheiro com isso – como a Techhub, que aluga mesas de trabalho, e a Seedcamp, que financia ideias promissoras em troca de uma parte das ações das futuras companhias.

Além disso, o Campus, fundado em abril de 2012, sedia eventos e palestras, alguns deles gratuitos. Entre outros nomes, Jimmy Wales, fundador da Wikipédia, e Erick Schimidt, ex-presidente do Google, já falaram em um dos auditórios.

  • Em um dos andares do prédio londrino, funciona um espaço com café, mesas e internet banda larga

O Google vai abrir ano que vem em São Paulo um espaço de trabalho compartilhado para startups, companhias tecnológicas em fase inicial. O chamado Campus, que existe em Londres e em Tel Aviv (Israel), terá uma cafeteria com acesso grátis à internet para qualquer um que fizer cadastro on-line, e uma espécie de escritório comunitário para quem for selecionado – haverá anuidade, cujo preço não foi divulgado.

O Campus é um projeto do Google for Entrepreneurs (Google para empreendedores), braço da gigante tecnológica que trata da área, e tem como ideia "conectar os diferentes aspectos da criação de uma startup em um só lugar", segundo Mary Grove, executiva que dirige essa divisão na empresa. "Queremos engajar startups de São Paulo, do Rio e outros lugares do Brasil, mas nosso plano é que o Campus atraia gente do mundo todo", diz.

O local terá auditórios e salas de reunião que abrigarão cursos, palestras e concursos organizados pelo Google e pelos parceiros da empresa. "Enquanto não investimos diretamente, levamos investidores para dentro do Campus para que as start-ups tenham acesso direto a eles", afirma a executiva.

O escritório será em um prédio na região da Avenida Paulista (o ponto específico não foi definido) e terá "diversos andares" – são 20 mil m² de área construída em Londres.

A escolha do Brasil como sede é devido ao "histórico de empreendedorismo" e pelo momento, que é oportuno, segundo Grove. "Há uma alta densidade de startups significativas, uma comunidade com quem já conversamos e o grande potencial para crescimento econômico por meio do empreendedorismo."

No ano passado, o espaço londrino sediou 1.100 eventos, com 70 mil participantes. O total de membros do Campus inglês é de 30 mil, entre "inquilinos" e visitantes.

Fomento

Alan Leite, diretor da Startup Farm, uma aceleradora (empresa que investe e mentora startups), diz que a ideia pode estimular a formação de novas companhias. "A ideia é ter custo acessível, acesso logístico ótimo, tem a marca sexy do Google", diz. "Para um empreendedor, dificilmente haveria algo melhor do que isso."

Há diversos estabelecimentos para escritórios compartilhados (o chamado "coworking") em São Paulo, como o Plug N’ Work, que aluga salas por R$ 39 a hora, mas com proposta ligeiramente diferente da do espaço do Google. "A ideia é promover ‘colisões’, conexões que seriam improváveis", diz Leite. "São coisas complementares: aceleradoras para modelos de negócio; incubadoras, para produtos; e um espaço como esse, para networking."

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