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O portal de buscas e serviços Google começou a oferecer um conjunto de ferramentas de software empresarial para assinantes pagantes, em uma estratégia para ampliar sua posição entre clientes corporativos e para aproveitar uma brecha deixada pela Microsoft.

O Google Apps-Premier Edition custa US$ 50 por conta de funcionário por ano, o que abrange suporte técnico telefônico, até 10 gigabytes de espaço de armazenagem de dados por usuário e garantias de que serviços de e-mail funcionarão pelo menos 99,9% do tempo.

O Google Apps, lançado há seis meses como um serviço gratuito, já oferece programas baseados na internet que incluem o Gmail, um calendário compartilhado e o aplicativo de mensagens instantâneas Google Talk. O pacote dá a cada funcionário da empresa uma página online personalizada.

Mais de 100 mil pequenas empresas usam os serviços gratuitos do Google Apps, bancados por publicidade, com centenas de universidades no mundo utilizando uma versão grátis que não possui anúncios, segundo representantes do Google.

A companhia acredita que ao romper com o modelo de venda de software em pacotes que precisam ser instalados em computadores individuais poderá atrair um grande número de usuários em empresas que atualmente não são atendidas por gigantes da informática como Microsoft, IBM, Oracle ou SAP.

- Temos um objetivo em volume ... milhões e milhões de usuários - disse o presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, em entrevista por telefone. Apesar de grandes negócios levarem tempo ainda, afirmou o executivo, "temos várias indicações de acordos muito grandes".

O Google Apps-Premier Edition é a nova versão dos softwares da companhia direcionados a ajudar grandes organizações a incorporar ferramentas do Google.

A companhia informou que todas as três edições do Google Apps incluem agora o Google Docs & Spreadsheets, que permite equipes de usuários colaborarem online na produção de documentos e planilhas. A empresa incluiu no serviço a possibilidade dos usuários do Gmail lerem mensagens em aparelhos sem fio Blackberry.

- Há um processo interessante aqui - disse Kyle McNabb, da Forrester Research. - O que a Microsoft fez ao longo da última década foi concentrar o foco nas necessidades de empresas em vez dos indivíduos.

A ironia é que a Microsoft tornou-se popular nas empresas ao ter resolvido problemas individuais com aplicativos como Word, Excel e outros, disse McNabb.

- Adivinhe quem está fazendo a mesma coisa agora? Google. Isso coloca pressão sobre a Microsoft para voltar a ter mais foco no usuário individual - acrescentou.

Entre os clientes potenciais do Google Apps estão operadores de caixas registradoras de lojas e pessoas que trabalham com telemarketing, funções que as empresas geralmente mostram-se relutantes em equipar com sistemas de computadores mais caros, disse o vice-presidente da unidade corporativa do Google, Dave Girouard.

O Google tem a chance de atender o mercado de baixo custo, disse McNabb, mas ele acrescentou que Microsoft, IBM e outras companhias de informática também são competitivas nesse segmento do mercado.

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