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O chamado "direito a ser esquecido" foi endossado pelo tribunal superior da Europa em 13 de maio | Cathal McNaughton/Reuters.
O chamado "direito a ser esquecido" foi endossado pelo tribunal superior da Europa em 13 de maio| Foto: Cathal McNaughton/Reuters.

O Google voltou atrás na quinta-feira (04) na sua decisão de remover vários links para notícias do jornal britânico The Guardian, ressaltando as dificuldade enfrentadas pelo motor de buscas para implementar a regra europeia do "direito a ser esquecido".

O The Guardian protestou contra a remoção de suas histórias que descreviam como um árbitro de futebol mentiu sobre a reversão de uma decisão nos pênaltis. Não ficou claro quem pediu ao Google para remover as matérias.

Em outro caso, o Google não restaurou links para um artigo da BBC que descrevia como o ex-presidente-executivo do Merrill Lynch, E. Stanley O'Neal, foi deposto depois que o banco de investimento acumulou bilhões de dólares em perdas.

Os incidentes sublinham a incerteza sobre a forma como o Google pretende aderir a uma decisão do tribunal europeu que deu a seus cidadãos o "direito ao esquecimento", através do pedido de retirada de links de artigos que aparecem em uma pesquisa por nome.

O Google, que já recebeu mais de 70 mil solicitações, começou a atuar na remoção nos últimos dias. A empresa notificou a BBC e o Guardian, que, por sua vez, protestaram contra as medidas.

Os incidentes sugerem que os pedidos de remoção dos links podem de fato trazer os assuntos de volta ao centro das atenções, em vez de obscurecê-los.

O objetivo do Google é proteger a confiabilidade e eficácia de seu sistema de busca. Permanece incerto como a companhia julga os pedidos, ou como pretende fazê-lo daqui para frente. A companhia, que controla mais de 90% das buscas on-line na Europa, disse que a remoção é um processo em aprendizagem.

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