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O governo marcou para a próxima quinta-feira uma reunião com os sindicatos dos trabalhadores de Rondônia e as empresas que estão construindo as hidrelétricas no Rio Madeira para tratar da crise que levou à paralisação das obras.

A informação é do presidente da Centra Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, que participou nesta terça-feira de encontro com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

As centrais sindicais apresentaram nesta terça uma pauta ao governo e a representantes de construtoras para criar um acordo coletivo nacional para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A preocupação sobre o assunto veio à tona há pouco menos de duas semanas, quando uma revolta no canteiro de obras de Jirau, onde 70 por cento dos alojamentos foram incendiados, o que levou à paralisação desta obra e também a da usina vizinha, de Santo Antônio.

"Temos claramente avaliação local, com fotos e provas de que estamos vivenciando, nessas obras, em especial Santo Antônio e Jirau, trabalho indecente e condições degradantes de trabalho. Evidentemente, as empresas não concordam com essa avaliação", disse o presidente da CUT.

Após sair da mesma reunião, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Simão, disse que nenhuma condição degradante foi comprovada nas obras e ressaltou que, em Rondônia, há brigas também entre os sindicatos.

Simão negou que haja uma crise trabalhista geral nas obras do PAC. "Temos problemas em algumas obras do PAC, mas as outras do programa estão pacificadas e tranquilas", disse.

Na mesma quinta-feira, será realizada no Palácio Planalto outra reunião, para formar uma comissão tripartite, envolvendo governo, empresas e sindicatos, para tratar das obras do PAC de maneira geral.

"Pela primeira vez houve, pela parte do governo, declaração de que, de fato, há necessidade de se preparar melhor essas grandes obras, com antecedência", disse Artur Henrique.

Segundo o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), além das paralisações em Rondônia, há movimentos ocorrendo no complexo de Suape (PE) e nas obras da termelétrica de Pecém (CE).

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