O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira (16) o aumento na capacidade de endividamento de 17 Estados no valor de R$ 42,225 bilhões. O ministro destacou que esse aumento não significa uma deterioração das contas públicas.

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"O Brasil se distingue de vários países do mundo pela sua solidez fiscal. Estamos vendo vários países com descontrole fiscal e aqui avançamos cada vez mais na solidez das contas públicas. Em função disso, habilitamos o Estado brasileiro para que possa avançar em suas ações e seus investimentos." Ele disse ainda, que se observa hoje uma retração do investimento "à espera de boas notícias no âmbito internacional" e que, por isso "o Estado deve agir para dar estímulos para que a economia possa avançar."

Segundo Mantega, o espaço fiscal autorizado nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional aos Estados permitirá o avanço dos investimentos no País. Ele destacou que o cenário econômico é complicado no mundo por conta da crise internacional, o que tem intimidado a realização de investimentos. Por isso, é nesse momento, disse o ministro, que o setor público deve agir para garantir a retomada da economia e dos investimentos, seja por iniciativa do governo federal ou dos Estados.

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Ele lembrou o lançamento do programa de investimentos em logística, anunciado na quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff, no valor de R$ 133 bilhões. "É importante uma ação do governo federal e dos Estados sinalizando que os investimentos vão continuar ocorrendo no Brasil", disse o ministro.

Mantega destacou também a utilização da modalidade de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para os investimentos nos Estados e lembrou que o patrimônio fica com o Estado. "É uma modalidade muito positiva." O ministro ressaltou que os Estados já têm utilizado o modelo de PPPs que ficou mais atrativo com a desoneração de tributos e o aumento do limite de comprometimento da receita corrente líquida. "São medidas importantes para estimular o investimento no País quando a economia no mundo tem uma performance fraca. O investimento é fundamental porque aumenta a oferta de logística e transporte e barateia o custo da infraestrutura para o setor produtivo."

"Sei que os governadores estão preocupados porque a arrecadação de ICMS não foi tão boa no primeiro semestre. Quero dizer que o segundo semestre será melhor. Com as várias iniciativas que temos tomado, a atividade já começa a reagir e já temos indicadores de melhoria. A indústria parou de cair e já começa a recuperar o nível de atividade. A PMC mostra um resultado importante para o varejo", afirmou o minsitro.

Sobre o aumento da capacidade de endividamento, o ministro esclareceu que "são 17 estados nessa leva, incluindo São Paulo". "Outros estão em preparação e serão anunciados em breve", disse Mantega. Ele destacou que para as demais dez unidades da federação, ainda não há previsão de quanto será possível aumentar o nível de endividamento.

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