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O governo da Argentina deverá entregar ainda nesta sexta-feira (29) proposta para pagar os credores que se recusaram a aceitar a renegociação da dívida do país, uma exigência de uma corte dos EUA que ameaça forçar a Casa Rosada a declarar a segunda moratória em 12 anos.

Os integrantes do governo Cristina Kirchner não falaram publicamente sobre a oferta que fariam, mas era baixa a expectativa de que ela pudesse ser considerada satisfatória pela Justiça americana.

Está nas mãos da 2ª Corte de Apelações de Nova York a batalha legal que já dura uma década entre o governo argentino e credores que se recusaram a receber, com descontos, o valor de títulos da dívida argentina que detinham quando o país declarou default em 2001.

Os fundos-abutre, que compram dívida podre para cobrá-la integralmente na Justiça, são a maior parte desses credores, que desejam receber US$ 1,3 bilhão.

A Casa Rosada insistia que eles não mereciam pagamento, por serem "fundos-abutre". Depois, considerou abrir para eles condições similares às oferecidas aos que aceitaram a renegociação da dívida em 2010.

A proposta apresentada pela Argentina terá de ser analisada pelos fundos-abutre e pela corte, num processo que pode levar semanas.

Se a decisão final da Justiça for pelo pagamento integral da dívida, a Argentina está em "moratória técnica".

O motivo é que a corte ordenaria o embargo de recursos argentinos no sistema financeiro dos EUA para obrigar o cumprimento imediato da sentença.

Apesar de a atitude desafiante da Casa Rosada ante a Justiça "colonial" dos EUA seja popular no país, uma nova oratória complicaria ainda mais o cenário econômico.

No momento, o governo luta para controlar a inflação -10% ao mês oficialmente e 25%, segundo consultorias privadas- e evitar uma desvalorização maior do peso ante o dólar.

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