O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, negou nesta segunda-feira (23) ter recebido uma carta do comissário europeu Karel de Gucht cobrando explicações sobre a expropriação da YPF, a petrolífera espanhola. "Não há carta alguma", disse o chanceler.
Porém, o comissário europeu reiterou ter enviado a carta na semana passada ao governo argentino, na qual pede explicações sobre a decisão, sugere que seja feito um acordo e recomenda que as autoridades da Argentina sigam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
"Estamos acostumados a ver a União Europeia fazer anúncios que depois não se concretizam", disse Timerman.
Na carta, segundo o comissário europeu, há ainda uma advertência sobre os riscos de a expropriação prejudicar o comércio e os investimento da União Europeia na Argentina.
De acordo com informações publicadas na imprensa, a carta foi enviada a Timerman, aos ministros da Indústria, Debora Giorgi, e da Economia, Hernan Lorenzino. No último dia 16, a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou a expropriação da empresa espanhola, alegando que os investimentos no setor no país eram inadequados.
A decisão do governo argentino gerou críticas da União Europeia, dos Estados Unidos e de setores do Fundo Monetário Internacional (FMI). Para o governo brasileiro, a medida é uma questão de soberania nacional.
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