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O governo obteve no mês passado o maior saldo da história em suas contas. Segundo o Tesouro Nacional, a arrecadação de impostos e outras fontes de recursos superaram em R$ 28,8 bilhões as despesas com pessoal, programas sociais, custeio e investimentos.

O superavit primário recorde se deve basicamente a R$ 20,4 bilhões em pagamentos incentivados de dívidas de contribuintes e R$ 15 bilhões do leilão do campo petrolífero de Libra.

Sem esse dinheiro, as contas do governo teriam sido deficitárias em R$ 6,6 bilhões.

Mesmo com o dinheiro, não será possível cumprir a meta, fixada em julho para União, Estados e municípios, de um superavit de R$ 111 bilhões no ano.

O governo abandonou a promessa de compensar o desempenho insuficiente dos Estados e agora se limita ao cumprimento da sua parcela da meta, de R$ 73 bilhões. Até novembro, foram R$ 62,4 bilhões.

Analistas e investidores veem com desconfiança a atual política fiscal do governo. As despesas estão em expansão contínua, em ritmo muito superior ao do crescimento da economia.

De janeiro a novembro, os gastos federais chegaram a 827,9 bilhões, 14% acima do período correspondente de 2012. Essa expansão impulsiona o consumo total do país, que cresce em ritmo superior ao da produção de bens e serviços, gerando inflação e aumento das importações.

A Fazenda e o Planeja­mento têm demonstrado incapacidade de prever corretamente despesas obrigatórias. O déficit da Previdência Social neste ano, por exemplo, foi estimado inicialmente em R$ 33,2 bilhões -e até novembro somou R$ 55,3 bilhões.

Além desses fatores, a dívida pública brasileira é a maior entre os principais países emergentes e se mantém em patamares em torno de 65% da renda anual do país.

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