O governo brasileiro baixou o tom do discurso sobre a crise das refinarias com os bolivianos, depois de cancelar a ida das autoridades ao país vizinho. O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse nesta sexta-feira que a suspensão temporária da resolução na qual a YPFB assumia o controle das refinarias da Petrobras sem indenizá-la foi um avanço porque "pelo menos retoma o diálogo". Para o ministro, a conversa em Cuba entre o presidente da Bolívia, Evo Morales, e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, "é uma confirmação de que a Bolívia aceita a negociação".
- Acredito que não necessarimente a fala do presidente (Evo Morales) precisa ser em público. O ministro Celso Amorim foi muito claro. Disse que a conversa foi amena e ele (Evo) reiterou todos os pontos levantados pelo seu vice-presidente. Então, nós entendemos que a partir daí a Petrobras vai utilizar seus estudos e vai apresentar os pontos que considera todos críticos - disse o ministro.
Rondeau afirmou ainda que o governo está avaliando se o prazo até o dia 9 de outubro será suficiente para que a Petrobras faça a avaliação completa dos impactos da resolução.
- Estamos aguardando a concretude do discurso, que é a criação do clima favorável para a negociação, o ambiente adequado para as negociações. A reunião pode ser dia 9 ou depois, enfim, estamos aguardando as criação destas condições - afirmou.
Segundo o ministro, desde que a resolução foi baixada os técnicos do governo e da Petrobras estão trabalhando e identificando claramente quais são os pontos que são "aceitáveis".
- Se interessa a ela (Petrobras) estar no negócio de refinaria na Bolívia ou não. Não estamos sendo liderados pela Petrobras. A Petrobras tem os interesses comerciais dela e o Brasil administra os interesses naturalmente de relacionamento dos dois país que não são conflitantes, portanto, são complementares. Não vamos atropelar o interesse comercial da Petrobras, mas eles também têm que respeitar qual será a decisão do governo, que é o acionista majoritário da Petrobras, no que diz respeito a um relacionamento adequado numa situação dessa, que é uma situação que merece todo o cuidado.
-
“America Great Again”: o que pode acontecer com o Brasil se Trump vencer a eleição
-
Fugitivos: traficantes defendem “saidinhas” e Marina Silva foge de falar das queimadas
-
Jornalista dos Twitter Files Brazil prestará depoimento na Câmara dos EUA na terça (7)
-
Manifestantes contra Israel que invadiram prédio na Columbia são presos; UCLA tem confrontos
“America Great Again”: o que pode acontecer com o Brasil se Trump vencer a eleição
Interferência de Lula no setor privado piora ambiente de negócios do país
“Dobradinha” de governo e STF por imposto na folha prejudica empresas e amplia insegurança
Contas de Lula, EUA e mais: as razões que podem fazer o BC frear a queda dos juros
Deixe sua opinião