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Sem alarde, o governo apertou o cinto e decidiu segurar as despesas na boca do caixa, como medida preventiva contra a crise financeira internacional. Com o recrudescimento das turbulências e o aumento das incertezas em relação aos rumos da economia mundial, a estratégia traçada pelo governo é a de fazer uma economia um pouco maior. Ao mesmo tempo, busca-se gerar uma folga fiscal para 2009, quando se teme que sejam sentidos com mais força os impactos da crise no Brasil. "A idéia é ter mais equilíbrio no crescimento do ano que vem", disse uma fonte do governo que não quis ser identificada, destacando que este rigor não será anunciado formalmente.

Os dados das contas do governo central (Tesouro Nacional, INSS e Banco Central) têm vindo acima das expectativas do mercado e da meta do governo. Os números mais recentes, relativos ao período de janeiro a agosto, mostram um superávit nominal nas contas do governo central, fato destacado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, como sinal de solidez do país.

A calibragem das despesas tem sido feita com cuidado para evitar que os projetos de investimentos sejam prejudicados. Os melhores resultados têm sido obtidos por uma combinação de receitas em alta e um controle mais efetivo nas despesas de custeio.

Cobrança

Sem esconder a tensão com a turbulência das bolsas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou na manhã de ontem da demora do governo dos Estados Unidos em encontrar soluções para resolver a crise financeira. Em encontro, no Palácio do Planalto, com representantes de cooperativas de crédito, ele disse que está numa situação incômoda, pois precisa esperar as decisões do presidente George W. Bush para tomar as suas na economia brasileira. "Não quero ser algoz do Bush, mas preciso saber como devo me programar", afirmou Lula.

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