Principal responsável pelo rombo nas contas públicas anunciado na quinta-feira, 31, a Previdência Social ficará como está no restante do governo de Dilma Rousseff. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo., o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, afirmou que o governo desistiu de enviar ao Congresso medidas como mudanças nas regras de pagamento de pensão e uma alternativa ao fim do fator previdenciário, que poderiam melhorar o resultado das contas previdenciárias. "Não há condições políticas necessárias para se efetivar uma reforma dessa complexidade num ano eleitoral", disse.
A mudança no regime de pensionistas, na avaliação do ministro, pode ter mais apoio da sociedade, mas deverá enfrentar resistência no Congresso. "As pessoas não têm ideia de que financeiramente as pensões representam muito. A viúva, se casa novamente, usufrui; se os filhos se tornam autônomos, têm sua independência, ela usufrui. Eu sei que teria o apoio da opinião pública, mas num ano eleitoral não seria assimilado."
Dados do ministério indicam que em 2012 foram gastos R$ 77,6 bilhões com pensões. "Era necessário uma mudança imediatamente." Sobre outra discussão, o fim do fator previdenciário (cálculo para a aposentadoria que leva em conta idade, tempo de contribuição e expectativa de sobrevida do segurado), nem mesmo o governo tem uma posição clara.
"Não é possível acabar com o fator previdenciário pura e simplesmente. Tem de haver uma concertação e acho complicado para 2014", afirmou o ministro, usando um termo difundido pelos petistas.
Na campanha de 2010, a presidente Dilma Rousseff afirmou, em entrevista à rádio CBN, que era contrária a uma ampla reforma previdenciária. Dilma defendeu, contudo, ajustes que permitam capitalizar o sistema para assegurar as aposentadorias. Garibaldi alega que não faltou coragem para fazer esses ajustes, "o que houve foi falta de oportunidade".
-
Lula e Boulos podem ser processados por abuso de poder econômico e político em ato de 1º de maio
-
“Clube dos ricos” recomenda que governo reduza deduções do Imposto de Renda
-
Kassab lidera frente ampla contra esquerda nas eleições em São Paulo
-
Os gastos sigilosos das viagens luxuosas de ministros do STF; acompanhe o Sem Rodeios
“Clube dos ricos” recomenda que governo reduza deduções do Imposto de Renda
Descubra os segredos de quem paga menos impostos: IR, IPTU, IPVA e mais!
“America Great Again”: o que pode acontecer com o Brasil se Trump vencer a eleição
Interferência de Lula no setor privado piora ambiente de negócios do país
Deixe sua opinião