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O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, vai dizer nesta terça-feira (10), em discurso a ser proferido às 14h (horário de Brasília), que o resgate do sistema financeiro americano passará necessariamente pelo uso do dinheiro público para "limpar o balanço" dos bancos americanos que estão enfrentando problemas de liquidez.

Entre as medidas para restabelecer a confiança no mercado bancário - e aumentar o crédito nos EUA -, Geithner detalhará um plano público-privado de investimentos. Este fundo usará dinheiro do governo para ajudar a alavancar o capital privado. O objetivo é reconstruir um mercado para os ativos de risco que atualmente atrapalham o funcionamento de todo o sistema financeiro.

O dinheiro do governo, segundo o comunicado, é essencial para garantir o interesse do resgate dos papéis relacionados ao mercado imobiliário, centro da crise financeira. "Nosso objetivo é usar o capital privado (...) para criar um mecanismo de mercado para valorizar esses ativos", ressalta Geithner.

Medida impopular

O secretário do Tesouro admite que a continuidade da ajuda aos bancos é uma medida impopular: "Nosso desafio é maior hoje porque o povo americano perdeu a fé nos líderes das instituições financeiras e estão desconfiados de que seu governo usou o dinheiro do contribuinte, até este ponto, em benefício desses executivos."

"Nós vamos exigir que as instituições bancárias passem por um cuidadoso e completo teste de estresse, para usar o termo médico", afirma Geithner nos trechos já divulgados. "Nós vamos querer seus balanços mais limpos e fortes. E nós vamos ajudar esse processo com um novo programa de apoio de capital para as instituições que precisam", diz a nota.

Segundo o discurso, é essencial que "todo americano entenda que a batalha pela recuperação econômica tem que ser feita em dois frontes. Temos que incentivar a criação de empregos e o investimento privado, e temos que garantir o fluxo de crédito a empresários e famílias".

Círculo vicioso

Ele adicionou que atualmente o sistema financeiro parece estar "trabalhando contra a própria recuperação", o que ele classifica como uma "dinâmica perigosa que nós precisamos mudar. "Sem crédito, a economia não vai crescer. E, neste momento, partes críticas de nosso sistema financeiro estão danificados."

Segundo ele, a adminsitração Obama terá certeza que "cada dólar em assistência preserve ou gere capital para empréstimos que seria impossível de levantar sem o apoio do governo". "Ao provir o financiamento que o mercado privado não consegue produzir, isso vai ajudar a iniciar um processo de garantir um mercado para os papéis relacionados ao mercado imobiliário que está no centro da crise."

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