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Governo e oposição fecharam acordo para votar nesta terça-feira (28) a Medida Provisória 442, que permite ao Banco Central socorrer pequenos e médios bancos. Para isso, o Banco Central poderá aceitar como garantia de empréstimos a esses bancos as carteiras de crédito. Os empréstimos têm prazo de pagamento de um ano.

Durante cerca de duas horas, os líderes partidários da base governista e da oposição reuniram-se com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para fazerem os questionamentos necessários à MP 442 e também à MP 443, que deverá ser votada na quarta-feira (5) da próxima semana pela Câmara. A MP 443 prevê a possibilidade de o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal poderem comprar pequenas instituições financeiras.

Segundo os líderes, o ministro respondeu a todas questões e prestou os esclarecimentos sobre as duas medidas provisórias, editadas como forma de enfrentar a crise econômica mundial. "A reunião com o ministro contribuiu muito para que a gente possa aprovar hoje a MP 442", disse o líder do PT, deputado Maurício Rands (PE).

O líder do DEM, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), informou que a oposição vai votar a favor da aprovação da medida provisória 442. "Apresentamos sugestões à MP 442, que foram incorporadas ao texto da medida e, por isso, vamos votar a favor da sua aprovação", disse ACM Neto.

O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse, após a reunião, que a disposição dos aliados do governo e da oposição é votar hoje a medida provisória."ainda que tenha havido várias indagações [ao ministro Mantega] e, portanto, há dúvidas notadamente quanto à eficácia dela e alguns líderes abordarão isso quando ela for discutida e votada", disse.

Segundo Chinaglia, há uma divergência "mais funda" quanto à oportunidade da votação do Fundo Soberano do Brasil (FSB), que, segundo ele, foi ressaltada pela oposição durante a reunião com o ministro Guido Mantega. A votação do FSB está prevista para amanhã (29), no plenário da Câmara.

Em relação à votação do Fundo Soberano, a oposição discorda de sua votação e lembra que não é momento para votar a proposta. A oposição prometeu obstruir a sua votação. "O governo vai tentar votar amanhã o fundo, mas nós vamos obstruir. Não podemos constituir, nesse momento, um fundo para investir lá fora , enquanto nós precisamos de recursos para investir, aqui, no Brasil", afirmou o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto.

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