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O governo prefere esperar os dados de inflação do mês de agosto, que serão divulgados mês que vem, antes de decidir sobre cortes nos juros. Se ficar comprovado o recuo dos preços, como apostam Banco Central (BC) e Ministério da Fazenda, haverá espaço para redução da taxa Selic (juro básico da economia). Analistas acreditam que uma desaceleração da economia no segundo trimestre cujo resultado sai no início de setembro, também pode levar o BC a cortar juros na reunião seguinte.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação brasileira, deu um alívio no mês passado e pode permitir cortes nos juros ainda neste ano, avaliou o deputado Claudio Puty (PT-PA), presidente da Comissão de Finanças, Tributação e Controle da Câmara.

"O resultado da inflação foi bem razoável, com deflação em algumas cidades. Pode se preparar para uma queda de juros, até como tentativa de reduzir a diferença da taxa em relação à média mundial", disse Puty.

Outro interlocutor da equipe econômica, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que preside a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, não descarta a possibilidade de o governo retirar travas ao consumo adotadas no início do ano, as chamadas medidas macroprudenciais.

A cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em empréstimos e a exigência de maior valor de entrada no financiamento de automóveis são exemplos de medidas desse tipo. "O governo não vai ficar procrastinando, vai agir pontualmente, em casos localizados. Não vai ficar parado", diz o senador.

Crescimento

Serve de conforto ao Comitê de Política Monetária (Copom) a decisão do governo de seguir à risca o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento deste ano, confirmado na semana passada pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

"A probabilidade de corte de juros subiu bastante, de fato", disse Carlos Kawall, ex-secretário do Tesouro e economista-chefe do banco J.Safra. "Se o cenário apontar o crescimento da economia indo para 3%, a probabilidade de o BC agir na política monetária, dada a premissa de rigor fiscal, é muito grande." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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