O governo estuda aumentar as tarifas de importação de bens industrializados para dificultar o ingresso de mercadorias da China e de outros países asiáticos. Os técnicos da área econômica também trabalham na expansão da quantidade de itens nacionais que serão desonerados de tributos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). As medidas têm como objetivo proteger a indústria nacional dos efeitos do câmbio e manter empregos, no esforço para a economia crescer 4,5%, como deseja a presidente Dilma Rousseff.
O aumento das tarifas de importação, já cogitado para tecidos e confecções, deve ser estendido. Bens que já estejam com a alíquota no teto de 35% permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC) poderão ter IPI reajustado como já ocorreu, no fim de 2011, com os automóveis.
A equipe econômica já decidiu prorrogar a redução do IPI para produtos da linha branca, cuja vigência acabaria em março. Agora, avalia que outras desonerações ajudariam a incentivar o consumo e a produção industrial. Na lista, estão eletrodomésticos e materiais de construção.
O governo também pretende capitalizar o BNDES em até R$ 30 bilhões para que o banco conceda mais empréstimos ao setor de infraestrutura. E pretende desonerar a folha de pagamento de outros segmentos do setor produtivo, em especial o de autopeças.
Outra medida em estudo é a redução da alíquota que hoje incide sobre o faturamento dos setores que já foram desonerados na folha de pagamentos (confecções, calçados, couros, tecnologia da informação e call centers). A contribuição de 20% sobre o INSS foi substituída por um porcentual entre 1,5% e 2,5% sobre o faturamento; agora, o governo avalia baixar a alíquota para 0,8%.
Outra medida que consta do cardápio da equipe econômica é uma nova redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o crédito a pessoas físicas. Em dezembro, o governo reduziu a alíquota de 3% para 2,5%, mas ela pode cair a 2% ou 1,5%.
- Produção do Paraná perde ritmo, mas supera a do início de 2011
- Fiesp quer "repassar" tributo a outros setores
-
Desoneração da folha coloca Pacheco na encruzilhada entre apoiar ou enfrentar o governo
-
Na Agrishow, Bolsonaro destaca legado, agradece Pix e cita herdeiros na política
-
TSE lança ofensiva contra a liberdade de expressão para período eleitoral; acompanhe o Sem Rodeios
-
Bancada da segurança articula urgência para PL que autoriza estados a legislar sobre armas
Muita energia… na política: ministro ganha poder com agenda ao gosto de Lula
Bônus para juízes, proposto por Pacheco, amplia gasto recorde do Brasil com o Judiciário
Quais impostos subiram desde o início do governo Lula e o que mais vem por aí
Perguntas e respostas sobre a reforma tributária; ouça o podcast