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Depois de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dirigentes da Volkswagen para discutir a crise no setor, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo vai estudar uma forma de ajudar a indústria automobilística como um todo, descartando a possibilidade de adoção de medidas que beneficiem empresas de forma pontual. A montadora alega que, com o real forte, deixará de exportar só neste ano 80 mil veículos para a Europa, o que pode levá-la a demitir até seis mil trabalhadores.

- Vamos estudar a situação da indústira automobilística de forma geral para que ela mantenha o bom ritmo de produção e exportação - disse Mantega, acrescentando:

- Nem haveria possibilidade (de ajudar empresas pontualmente). O governo nunca pode fazer uma medida para uma empresa. Ele pode, sim, adotar medidas que tenham repercussão para todas as empresas - disse.

Mantega não adiantou que tipo de ação pode ser adotada pelo governo:

- Não foi tomada nenhuma decisão. Nós ainda estamos analisando a situação, as saídas e as possibilidades porque não queremos que haja redução da produção e emprego - disse.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de o governo reduzir o imposto sobre produtos industrializados (IPI) para ajudar as montadoras - medida que já foi adotada diversas vezes nos últimos anos -, Mantega se limitou a dizer:

- Não estou preparado para mexer no IPI.

O ministro afirmou que a idéia principal é fazer com que o setor automobilístico consiga manter uma expansão de demanda e de exportações. Ele lembrou que há 15 anos a indústria aumentou sua capacidade produtiva sem que houvesse mercado, o que acabou criando um problema de dimensionamento. No entanto, esse problema vem sendo solucionado nos últimos anos e a idéia é conseguir manter o setor nesse caminho, incentivando a demanda por veículos.

- Se conseguirmos manter essa direção, não haverá problema - disse Mantega, informando que vai se reunir esta semana com representantes da Anfavea e do Sindipeças.

Além de Lula e Mantega, participaram da reunião o presidente da Volkswagen, Hans-Christian Maergner, os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Luiz Marinho (Trabalho), além do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, representando o ministro Luiz Fernando Furlan.

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