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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo não poupará medidas para conter a inflação "e impedir que ela se propague".

A afirmação foi feita nesta quarta-feira (10) após encontro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). O ministro, no entanto, não detalhou quais medidas seriam essas. A inflação acumulada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 12 meses encerrados em março chegou a 6,59%, estourando o teto da meta oficial do governo, de 6,5%, segundo dados do IBGE divulgados hoje.

Foi a maior inflação medida desde novembro de 2011, quando a taxa ficou em 6,64%. A meta do governo para a inflação é de 4,5% em 2013, com margem de dois pontos percentuais.

Desaceleração

Mantega disse que está "atento à inflação", mas ressalvou que a alta de 0,47% do índice em março traz uma "boa notícia", pois foi menor do que a inflação de fevereiro (+0,60%) e de janeiro (+0,86%). O índice mensal ficou abaixo do esperado pelo mercado, que previa inflação de 0,5% em março. "Estamos com uma trajetória de redução da inflação", afirmou o ministro. Ele disse ainda que os alimentos pressionaram a inflação, impedindo uma queda maior do que a que ocorreu.

Segundo o ministro, o início da safra agrícola e a melhora no regime de chuvas irá fazer com que os alimentos continuem em uma "trajetória de desaceleração [dos preços]".

Também presente na reunião, o presidente de CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, disse que os empresários estão preocupados com a inflação, mas que estão seguros de que o governo tem "as rédeas na mão".

Preços

De janeiro a março, o IPCA acumula alta de 1,94%. Em março, ficou em 0,47%, abaixo da taxa de 0,60% verificada em fevereiro. Em janeiro, quando ficou em 0,86%, o IPCA só não chegou a 1% porque o governo pediu aos governos do Rio de Janeiro e de São Paulo que adiassem o reajuste do preço das passagens de ônibus.

Apesar do patamar elevado, o IPCA de março é o menor desde agosto do ano passado (0,41%).

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