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O governo federal não possui controle sobre o tamanho e a localização das terras compradas por estrangeiros no país. O único levantamento, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), se refere à participação de pessoas físicas do exterior. Elas teriam 4,5 milhões de hectares, equivalente a 20% da área de um estado como São Paulo. Não há dados sobre os números no Paraná, segundo informações obtidas junto à sede do Incra em Brasília.

De acordo com o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), o atual cenário estaria atraindo o apetite do capital internacional em terras nacionais, favorecendo a especulação de preços. A atenção está concentrada principalmente no interesse de chineses, que compraram terras para cultivo de soja nos últimos anos. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Bahia e Tocantins estariam no radar desses empresários. De acordo com o Incra, é difícil rastrear a investida porque muitos investidores usam "laranjas" para a compra de terras.

Ao que tudo indica, porém, o Paraná está fora do interesse dos chineses. Segundo a Federação da Agricultura do Paraná (Faep), não há indícios da compra de terras agrícolas por parte de estrangeiros, isso porque as áreas disponíveis no estado são menores e mais caras do que em outros estados. De acordo com a Faep, 92% das áreas disponíveis são pequenas propriedades, com até 78 hectares.

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