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Os constantes atrasos nas obras têm levado o governo a negociar com a iniciativa privada a transferência da execução desses projetos. Uma operação que tende a ser custosa para os cidadãos brasileiros. Ao assumir os investimentos, as companhias pedem reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos, o que geralmente significa aumento de tarifa cobrada do usuário.

Um caso recente é o da Rota do Oeste, trecho de 850 quilômetros da BR-163 que liga Itiquira (MT) a Sinop (MT). Em 2013, a Odebrecht Transport ganhou a concessão da rodovia. A companhia ficou com obras de 453 quilômetros da via. Mas o restante ficou a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), subordinado ao Ministério dos Transportes.

O ritmo lento das obras levou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a pedir, em junho, à concessionária para que elaborasse estudo para a recuperação de um trecho de 282 quilômetros de competência do Dnit.

O estudo está em análise na ANTT. A Rota do Oeste, subsidiária da Odebrecht Transport que opera a rodovia, diz que “está preparada para assumir os trabalhos mediante reequilíbrio econômico financeiro”. O Dnit diz que ainda não há decisão sobre o assunto e que “tem aprimorado mecanismos de governança por meio da melhoria dos processos de gestão e de controle”.

A Infraero também negocia com a RioGaleão, concessionária do Galeão liderada pela Odebrecht, a transferência de R$ 130 milhões em obras. A RioGaleão assumiu a substituição das esteiras que conectam os terminais de passageiros e investiu R$ 1,4 milhão para abrir, este mês, 33 posições de check-in no terminal 1. A estatal diz que as obras atrasaram porque houve perda de receita, problemas com fornecedores e readequação do cronograma em razão de eventos como a Copa do Mundo. A RioGaleão também buscará reequilíbrio de contrato. (Danielle Nogueira)

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