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São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ameaçou zerar o imposto de importação sobre o aço se houver elevação nos preços do produto no Brasil.

De acordo com ele, a alíquota de importação sobre o aço, antes inexistente, foi fixada nos atuais 12% porque os valores praticados internamente haviam caído. Agora, o governo poderá reduzi-la "de modo a fomentar a concorrência". A estratégia é forçar as usinas a manter os valores atuais.

"Andei vendo o preço do aço se movimentando. Se houver aumento, nós reduziremos a alíquota de importação, e esta redução pode chegar a zero", afirmou Mantega ontem após palestra na Fundação Getulio Vargas (FGV).

Ele disse que o aumento não se justifica, uma vez que as siderúrgicas estão operando com capacidade ociosa e que "está sobrando aço no mundo".

Relatório da corretora Link Investimentos, publicado no começo deste mês, indicou que a Usiminas elevou, já a partir de setembro, os preços do aço plano entre 10% e 12%. A CSN também já teria anunciado aos seus clientes um reajuste de 13%. O relatório da corretora cita fontes do mercado.

Ontem, o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, porém, negou que tenha havido elevação para a indústria. Segundo ele, Mantega se precipitou.

"Não houve aumento no preço do aço para a grande indústria." Steinbruch disse que a única elevação ocorrida foi no valor do produto vendido para as distribuidoras e, mesmo assim, para recompor parte da queda registrada em 2008.

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