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Depois de o Banco Central (BC) cortar a taxa básica de juros, a Selic, em 2,5 pontos porcentuais (para 11,25% ao ano) nas duas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) - de janeiro e neste mês -, o governo prepara nova ofensiva para forçar bancos a reduzir o spread (a diferença entre os juros que os bancos pagam na captação do dinheiro e o que cobram nos empréstimos).

Um dos caminhos para forçar a queda do spread passa pelos bancos pequenos. A ideia, ainda em estudo, ressalta uma fonte, é usar o Banco do Brasil, a Caixa e o BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para comprar fatias de bancos pequenos e médios, capitalizá-los e fazer com que voltem a emprestar.

No ano passado, o BC já havia liberado recursos do compulsório para os grandes bancos comprarem as carteiras de crédito dos pequenos e médios que passavam por sérias dificuldades. A asfixia das linhas internacionais de crédito deixou as instituições de pequeno e médio porte sem fontes para se financiar. Agora, o governo pode até capitalizá-los para facilitar uma eventual venda para fundos estrangeiros. Essas instituições, que respondiam em setembro do ano passado por quase 20% do crédito da economia, foram as mais afetadas pela crise.

Imposto

Além de uma eventual aquisição de participações em bancos menores, o governo também estuda a diminuição dos impostos que incidem sobre empréstimos, a alteração das regras que definem a remuneração da caderneta de poupança e uma atuação mais agressiva do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

Brasília já decidiu que Banco do Brasil e Caixa vão reduzir as taxas de juros que cobram dos clientes para induzir a concorrência a fazer o mesmo. A avaliação de autoridades é de que há espaço para expansão sem que a saúde futura das duas instituições seja comprometida.

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