Para reforçar os cofres, o governo prepara uma megalicitação para passar à iniciativa privada toda a operação de loterias instantâneas, as raspadinhas, atribuição exclusiva da Caixa hoje.
A estimativa inicial de arrecadação era R$ 15 bilhões. Agora, segundo dados do governo, a privatização das raspadinhas pode engordar os cofres públicos entre R$ 2,2 bilhões e R$ 4 bilhões ainda em 2015.
A exploração anual dos jogos deve gerar aproximadamente R$ 1 bilhão para a União. A quantia não resolve, mas ajuda o governo na difícil tarefa de encontrar novos recursos para diminuir as megadeficitárias contas públicas.
A mesma medida provisória que autorizou o Banco do Brasil e a Caixa a comprarem participações em outros bancos, diretamente ou por meio de subsidiárias, também abriu caminho para a Caixa criar uma nova empresa para explorar as raspadinhas, modalidade de jogo em que o resultado é imediato.
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A Medida Provisória (MP) enviada recentemente ao Congresso permite que a Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex) explore datas comemorativas, além de marcas, emblemas, hinos e todos os elementos de clubes de futebol.
Ajuda aos bancos
Com a publicação da MP, começaram rumores no mercado financeiro de que a iniciativa tinha como objetivo salvar alguns bancos de menor porte que estariam prestes a quebrar.
A cada dia, uma instituição pequena estava nas conversas entre operadores como a bola da vez. Nenhuma até hoje foi confirmada.
Uma fonte da equipe econômica negou que haja qualquer problema de saúde financeira no setor bancário brasileiro, seja a instituição de que porte for.
“Depois do sufoco que foi no caso do Panamericano, não vai acontecer isso novamente”, garantiu.
A Caixa adquiriu parte do banco do Grupo Silvio Santos, que estava sendo investigado por fraudes financeiras. O negócio foi de R$ 740 milhões e acabou passando pela fiscalização do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União.
Segundo essa fonte, a volta da lei que libera os bancos oficiais a adquirirem outras empresas tem relação com a possibilidade de abrir capital do IRB, da área de seguros da Caixa e de outros negócios não financeiros, que, mesmo assim, precisam passar pelo crivo do Banco Central.
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