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Com o resultado do mês passado, as contas públicas acumulam déficit primário de R$ 75,1 bilhões em 2023.
Com o resultado do mês passado, as contas públicas acumulam déficit primário de R$ 75,1 bilhões em 2023.| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo

O governo central registrou superávit de R$ 18,2 bilhões em outubro. Com o resultado do mês passado, as contas públicas acumulam déficit primário de R$ 75,1 bilhões em 2023. Segundo o governo, este é o pior resultado, em valores nominais, para o período desde 2020, quando o país enfrentava o auge da pandemia de Covid-19 e o resultado negativo foi de R$ 680,8 bilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo Tesouro Nacional.

Em outubro de 2022, as contas públicas tiveram um superávit de R$ 30,5 bilhões. Na comparação com o ano passado, o superávit do mês passado caiu 40,3% em valores nominais e 43% em termos reais, quando se desconta a inflação. O governo central abrange o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central.

“Considerando somente o resultado do mês passado, o superávit de R$ 18,27 bilhões reflete diferença entre receita líquida de R$ 180,14 bilhões e despesa total de R$ 161,86 bilhões no período. Já em relação ao acumulado dos dez primeiros meses de 2023, o déficit de R$ 75,09 bilhões resulta da diferença entre R$ 1,575 trilhão de receita líquida e R$ 1,650 trilhão de despesa total”, disse o Ministério da Fazenda, em nota.

Na semana passada, os ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram um aumento na projeção do déficit e na estimativa de rombo nas contas públicas que deve chegar a R$ 177,4 bilhões neste ano (1,7% do PIB). Em setembro, o governo estima um déficit para 2023 de R$ 141,4 bilhões (1,3% do PIB). No início do ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou um pacote de medidas para reforçar a arrecadação federal e defendeu a possibilidade de fechar o ano com um déficit de R$ 100 bilhões (1% do PIB).

Na comparação com outubro do ano passado, as receitas subiram, mas as despesas aumentaram em volume maior por causa do Bolsa Família e dos gastos com a Previdência Social, informou a Agência Brasil. No último mês, as receitas líquidas subiram 5,5% em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta chega a 0,6%. No mesmo período, as despesas totais subiram 15,4% em valores nominais e 10,1% após descontar a inflação.

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