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O governo começa amanhã, por São Paulo, um roadshow que passará por Londres e Nova York para vender os projetos em infraestrutura. Liderados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, os técnicos do governo vão vender um leque de opções de investimento. A expansão de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos vai demandar recursos da ordem de R$ 200 bilhões nos próximos anos. Serão oferecidas também oportunidades em petróleo, gás e energia elétrica e eólica.

Além da possibilidade de integrar consórcios que explorarão os novos serviços concedidos, os investidores internacionais poderão optar por compor os fundos privados que vão financiar parte dos projetos. As linhas de crédito dos bancos oficiais vão cobrir de 65% a 80% do valor do negócio. O restante terá de vir do setor privado. Poderão ainda investir em debêntures de infraestrutura.

O momento de baixo dinamismo da economia mundial deverá ajudar o governo brasileiro. A avaliação é que há muita liquidez disponível e poucas opções com taxa de retorno interessantes. Os projetos em logística prometem ganhos de 6% ao ano.

Os recursos estrangeiros ajudarão a formar o mix de fontes de recursos para os projetos em infraestrutura. Das instituições oficiais, os concessionários de rodovias e ferrovias terão à disposição linhas de empréstimo que custarão a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), atualmente em 5%, mais um juro anual de até 1,5% (rodovias) e até 1% (ferrovias). Os prazos de amortização são de 20 anos (rodovias) e 25 anos (ferrovias).

Há duas semanas, o governo criou outra opção de empréstimo: as linhas do Programa de Sustentação de Investimento (PSI), que podem ser oferecidas pelos bancos privados, porque seus recursos saem dos depósitos compulsórios que as instituições fazem no Banco Central.

O PSI é bem mais barato, com taxas de 3% a 3,5% ao ano, mas só há R$ 15 bilhões disponíveis para a infraestrutura. Assim, os empreendedores terão de recorrer a um mix de financiamento.

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