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Ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, durante reunião com a Frente Mista de Educação e Frente em Defesa das Universidades Públicas.
Ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, durante reunião com a Frente Mista de Educação e Frente em Defesa das Universidades Públicas.| Foto: Adalberto Marques/MGI

Temendo a greve dos professores, marcada para o dia 15 de abril, o governo federal anunciou nesta quinta-feira (11) que pretende apresentar em até duas semanas uma nova proposta de reajuste para os servidores federais da educação. A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, informou que o reajuste deve ser acima dos 19% de aumento acumulado, ao longo da atual gestão (2023-2026), que a categoria já havia rejeitado.

Desde o início deste ano, o governo vem tentando buscar um acordo com a categoria e com os servidores federais sobre os reajustes salariais, mas não tem conseguido chegar a um consenso. Em fevereiro, a ministra Dweck disse que o reajuste dos salários dos funcionários públicos, em 2024, só acontecerá se houver “excesso” de arrecadação do governo. Entidades que representam servidores da União cobram reajuste salarial de 34,32%, dividido em três parcelas, em 2024, 2025 e 2026.

O governo propôs à categoria um reajuste de 9% dividido em duas parcelas de 4,5%, em 2025 e 2026, além de 9% em 2024. No entanto, a proposta foi recusada pelos servidores, e desde então, as negociações estavam suspensas.

Aumento salarial, reestruturação da carreira e condições precárias de trabalho são os motivos que levam professores universitários a entrar em mais uma greve, prevista para o dia 15 de abril. Nos bastidores, parte dos docentes, apoiadores do governo Lula, foi contrária à paralisação para evitar mais danos à imagem do presidente. Já os técnicos das universidades e institutos federais estão em greve desde o dia 11 de março.

Com o anúncio da greve, o governo tenta agilizar um novo acordo pelo menos para os servidores da educação, acima do que eles não concordaram. O tema será discutido em uma reunião na tarde desta quinta, com representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) Andifes, o presidente Lula, a ministra Dweck e o ministro da Educação, Camilo Santana.

"A gente está discutindo internamente no governo um espaço orçamentário não só para a educação, mas para os demais servidores para que a gente possa ter um valor acima desse [de 19%]. Esperamos que não demore tanto, em uma ou duas semanas, para fazer a contra-proposta", afirmou Dweck em entrevista à EBC, na manhã desta quinta.

Nesta quarta (10), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou "qualquer possibilidade de reajuste" neste ano ao afirmar que o "Orçamento está fechado".

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