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Pimentel, ministro do Desenvolvimento: “Já fizemos muita coisa para expandir o consumo” | Valter Campanato/ABR
Pimentel, ministro do Desenvolvimento: “Já fizemos muita coisa para expandir o consumo”| Foto: Valter Campanato/ABR

O governo federal deve anunciar hoje um novo pacote de estímulo à atividade econômica, concentrado em investimentos do Estado. As medidas devem incluir a antecipação de compras governamentais previstas no Orçamento, com a utilização do mecanismo de "margens de preferência", pelo qual paga-se preços maiores (até 25%) em licitações para aquisição de itens fabricados no país. Setores da indústria com alto impacto social e econômico, como saúde, defesa e educação, devem ter prioridade.

Um pacote com esse teor mudará o foco das reações do governo frente à crise econômica internacional. Até agora, o foco das iniciativas era o consumo. Foi para incentivar as compras dos brasileiros que o governo reduziu impostos de automóveis e eletrodomésticos e também promoveu uma queda ampla nas taxas de juros. "Estamos focando muito o investimento. Já fizemos muita coisa para expandir o consumo", admite o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. O ministro recusou-se a antecipar o teor das medidas, "para não tirar o brilho do anúncio".

A preferência para produtos nacionais deve funcionar de modo semelhante ao adotado na compra de uniformes escolares e fardas para as forças armadas, em que o governo aceitou propostas de fabricantes nacionais com preços até 20% superiores aos de fornecedores estrangeiros. A metodologia pode ser ampliada para outros produtos têxteis e também para calçados e a indústria farmacêutica.

Tratores e escavadeiras

O mecanismo de margem de preferência também deve ser adotado na compra de tratores. O governo planeja gastar R$ 1,29 bilhão nesses equipamentos. A licitação deve ser lançada ainda neste ano, segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e tem o objetivo de melhorar as condições de estradas vicinais, reduzindo o custo de frete e aperfeiçoando o escoamento de produtos agrícolas. "Quando compro de uma empresa nacional, incremento a massa salarial, aumento o retorno sobre o capital, criamos mais vagas de emprego e incremento a arrecadação de impostos", diz.

Ao todo, serão compradas 3.591 retroescavadeiras e 1,3 mil motoniveladoras. Os equipamentos serão doados a prefeituras de cidades com população superior a 50 mil habitantes, onde a agricultura tenha peso maior na economia local. O objetivo do governo é chegar a 4.866 prefeituras, universalizando a presença de retroescavadeiras nos municípios que atendem o perfil do programa.

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