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Para empresários do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os maiores desafios a enfrentar – e também os principais entraves ao crescimento da economia – são a alta carga tributária, a política cambial, as baixas margens de lucro, a economia informal, o custo financeiro (juros) e a infra-estrutura disponível para distribuição dos produtos. Diante dessas dificuldades, um grupo de 100 empresas com faturamento médio de R$ 100 milhões por ano prevê investir, em sua maioria, até R$ 15 milhões em 2007, modestos 15% das receitas. "Há um otimismo moderado em relação a 2006, mas o nível de investimento é muito pequeno em relação ao tamanho das empresas. Elas só vão investir em redução de custos e melhoria de processos", diz Carlos Biederman, sócio da Price Waterhouse Coopers (PCW) e coordenador da 1.ª Sondagem Empresarial "A Força da Região Sul", divulgada ontem em Curitiba.

Para 82,1% das companhias, a conjuntura reduz a lucratividade do negócio. De acordo com o levantamento, o que a grande maioria quer (62%) é aumentar a eficácia na gestão, para alcançar custos mais competitivos. Em relação à finalidade do investimento, 73,6% das companhias vão injetar recursos nas instalações, 61,5% em tecnologia e 56% em produção, o que representa uma tentativa de aumentar a produtividade.

Para o professor Judas Tadeu Grassi Mendes, PhD em Economia e diretor-presidente do Estação Business School, o estudo mostra "o que até cego está vendo". "Para se manter competitivo, o setor empresarial tem que investir em tecnologia, para ter um custo unitário menor, mas um produto com qualidade", explica. Essa é inclusive a impressão que os empresários têm de seus adversários. Para 46,9% deles, a maior vantagem dos concorrentes é ter custo inferior. Em segundo lugar vem o quesito "capacidade de investimento", com 28,1% das respostas.

Mesmo assim e apesar de a inflação estar estável e baixa, a maior parte dos entrevistados, ou 58,6%, pretende aumentar o preço neste ano. A expectativa de 67,3% é de que a inflação aumente de 3% a 5% neste ano, e que o dólar fique em torno de R$ 2,20, para 56,4% dos consultados. Em relação ao crescimento do PIB, 52,5% dos empresários acreditam que o indicador deve ficar em 3%. Para 72,3% do total, este ano provavelmente vai ser melhor que 2006, enquanto 25,7% acha que vai permanecer a mesma coisa.

Otimismo não significa aumentar o quadro de funcionários. A maior parte das empresas, ou 49,5%, deve abrir vagas, mas 44,4% pretendem demitir. Das que vão contratar, 53% pretendem admitir até 50 pessoas, outro número considerado pequeno por Biederman, da PCW.

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