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Locadora Video 1, em Curitiba: 15% das locações atualmente são de filmes em Blue-ray. Mas ainda há clientes que optam pelo VHS | Antonio Costa/ Gazeta do Povo
Locadora Video 1, em Curitiba: 15% das locações atualmente são de filmes em Blue-ray. Mas ainda há clientes que optam pelo VHS| Foto: Antonio Costa/ Gazeta do Povo

Blu-ray dá novo gás às videolocadoras

Apesar de viver um momento de crise, o mercado de videolocadoras está encontrando um novo ânimo com o crescimento da participação dos blu-rays. O novo formato não pode ser pirateado com a mesma facilidade do DVD, devido ao alto custo da mídia de gravação. Esse fator anima o setor, que nos últimos cinco anos viu o número de videolocadoras cair 60%, de acordo com dados da Associação Brasi­leira de Videolocadoras (ABV). Em compensação, o mercado de blu-rays tem crescido vertiginosamente, com a diminuição dos preços dos aparelhos para o consumidor. No ano passado, em todo o Brasil, as locadoras adquiriram 260 mil unidades para locação, contra apenas 19 mil em 2009.

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Os esforços do YouTube, portal de vídeos controlado pelo Google, para que os grandes estúdios de cinema de Hollywood ofereçam seus lançamentos para locação por meio do site – uma negociação que dura dois anos – estão próximos de se concretizar. Em breve, os filmes da Sony Pictures Entertainment, da Universal Pictures e da Warner Brothers poderão ser alugados via YouTube. A informação foi confirmada por dois executivos dos estúdios que falaram sob a condição de anonimato. Eles alegam que a equipe do portal será a responsável pelo anúncio oficial do acordo. O valor da locação será similar ao cobrado pela iTunes Store, da Apple.Mesmo com essas parcerias, o YouTube terá apenas metade dos gigantes da indústria de cinema a bordo de seu serviço. Continuarão de fora o Walt Disney Studios – intimamente ligado à Apple –, o 20th Century Fox e a Paramount Pictures. A Viacom, holding que controla a Paramount, continua brigando com o YouTube na Jus­tiça sobre questões de direito au­­to­­ral. Juntos, esses três estúdios detêm cerca de 60% do mercado cinematográfico dos EUA.

O YouTube se recusou a co­­men­­tar os novos acordos. "Des­de que lançamos a locação de filmes, há mais de um ano, adicionamos continuamente mais e mais títulos ao serviço, que hoje oferece milhares de opções aos usuários", diz um comunicado do portal. A Lionsgate Entertain­ment, a Weinstein Company e outros produtores independentes já oferecem, por meio do site, o aluguel de filmes como Todo Mundo em Pânico 4, Os Indo­máveis e Jogos Mortais. Cada locação custa entre US$ 2 e US$ 4. A entrada em cena de gigantes como Sony, Universal e Warner, no entanto, dá ao portal mais poder de fogo para enfrentar concorrentes como iTunes, Amazon e Netflix.

Diversas estratégias estão sendo adotadas pelo YouTube para manter os usuários conectados ao site por mais tempo e conquistar público da tevê tradicional para, assim, atrair investimentos publicitários. Apesar da popularidade do portal – os vídeos do YouTube são assistidos 2 bilhões de vezes por dia –, seu serviço de locação de filmes parece não ter decolado.

Segundo James McQuivey, analista de mídia digital da consultoria Forrester Research, no entanto, o YouTube oferece mais do que apenas novos espectadores aos estúdios de cinema. O Google tem poder para repassar dados valiosos aos seus parceiros, como o número de pessoas que buscam determinado filme na internet ou que termos são usados na procura por esses títulos. "Trata-se de uma corrente de marketing que liga causa e efeito, e isso nenhuma outra empresa que negocia com os estúdios o direito para locação de filmes pode oferecer", diz McQuivey.

Acordos

Os estúdios têm declarado repetidas vezes que a estratégia deles no mundo digital envolve acordos para a comercialização de filmes sob demanda, e com o maior número possível de sites confiáveis. Essa disposição indica que o setor aprendeu algumas lições com as tentativas frustradas da indústria fonográfica de limitar o consumo de músicas via internet. Hollywood também está ansiosa para encontrar algo que cubra a queda no faturamento da venda de DVDs.

Porém, o clima de animosidade que existia entre o YouTube e os estúdios demorou a se dissipar. Nos seus primeiros anos de existência, o portal de vídeos foi protegido pela Lei de Direitos Autorais dos EUA enquanto declarava que não tinha obrigação legal de retirar do site material não autorizado, a menos que os proprietários das imagens solicitassem especificamente a sua remoção. Essa postura gerou uma ação judicial de US$ 1 bilhão, movida pela Viacom, além de atrair antipatia generalizada por parte dos executivos das empresas de mídia.

A atual boa vontade de estúdios tradicionais em brincar com o YouTube é reflexo das mudanças adotadas pelo portal com o objetivo de se afastar da imagem de bazar on-line. Além disso, o site tornou mais fácil a remoção de conteúdo pirata. Também ajuda o fato de um juiz federal de Nova York ter julgado em favor do YouTube no processo contra a Viacom, que, por sua vez, já recorreu da decisão.

"O fato de alguns estúdios ainda desconfiarem do Google só demonstra que, apesar de ser uma atitude obviamente acéfala, o receio de fechar acordos com a gigante do Vale do Silício continua a pesar", diz McQuivey. "Eventualmente, todos eles fecharão esses acordos. Afinal de contas, qual motivo poderá justificar a recusa em colocar seu conteúdo no caminho de milhões de usuários?".

Tradução:João Paulo Pimentel

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