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As 40 maiores exportadoras do estado, que respondem por 66% do total das vendas externas, apresentaram juntas um recuo de quase 3% nas exportações entre janeiro e junho de 2006, na comparação com o mesmo período do ano passado. A queda mais forte ficou por conta das demais exportadoras, na maioria empresas de médio e pequeno porte, que juntas venderam 19% a menos nos primeiros seis meses do ano.

Todas sofrem com a valorização do real, mas as companhias ligadas ao agronegócio ainda têm de lidar com a queda das cotações das principais commodities agrícolas, como a soja. É o caso da cooperativa Coamo, de Campo Mourão, cujas exportações caíram 19%, e da Cargill, com recuo de 34%. A Bunge Alimentos conseguiu exportar mais (3%), mas sobre uma base de comparação muito fraca – no ano passado, suas vendas haviam despencado quase 70%.

Alimentícias como a Sadia e a Perdigão – que exportaram 14,7% e 9,4% menos, respectivamente –, interromperam a trajetória de crescimento dos últimos anos devido, principalmente, aos embargos internacionais provocados pelos casos de febre aftosa e ao avanço da gripe aviária na Europa.

No caso da indústria automotiva, o pior desempenho foi o da Volkswagen, mas a fabricante de máquinas agrícolas Case New Holland (CNH) também teve queda nas exportações, de 8,3%. Renault e Volvo avançaram entre 4% e 5%, enquanto a Nissan registrou aumento de 61% nas receitas – nenhuma, no entanto, foi capaz de compensar o mau resultado da montadora alemã. A boa notícia ficou por conta da Tritec Motors, de Campo Largo, que saltou para o terceiro lugar no ranking de exportadoras do estado. Mas o crescimento de 45% no semestre deve-se a reajustes nos preços dos motores, e não a aumento na quantidade exportada. (FJ)

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