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A Grécia precisará de 13 bilhões a 15 bilhões de euros adicionais para financiar uma extensão de dois anos de seu resgate, mas está confiante de que poderá reduzir esse déficit sem sobrecarregar os contribuintes europeus, afirmou à Reuters nesta terça-feira (25) o ministro das Finanças do país, Yannis Stournaras. O novo governo da Grécia, liderado por conservadores, quer que os credores do país lhe cedam mais dois anos para implementar os cortes de austeridade para que sua economia, prejudicada pela recessão, tenha tempo para se recuperar, mas até agora não tinha especificado o custo para tal extensão. "Estimamos em 13 bilhões a 15 bilhões de euros o déficit de financiamento que seria criado se conseguirmos uma extensão de dois anos", afirmou Stournaras. Autoridades gregas haviam dito anteriormente que tal déficit poderia ser coberto através da emissão de dívida de curto prazo, ou buscando taxas de juros menores, ou fazendo uma rolagem da dívida detida pelo Banco Central Europeu (BCE) - evitando forçar governos da zona do euro a desembolsar mais dinheiro para a Grécia. Stournaras também confirmou que o déficit fiscal do país para atingir as metas de 2013 e 2014 permanece em 13,5 bilhões de euros --o valor das medidas orçamentárias que Atenas está discutindo com seus credores da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) há semanas. Mais cedo, o vice-primeiro-ministro disse que a Grécia pode buscar uma rolagem de seus títulos detidos pelo BCE ou tentar levantar dívida adicional de curto prazo para lidar com um possível déficit de financiamento nos próximos anos. Se o déficit orçamentário da Grécia ou as receitas de privatização ficarem aquém das metas determinadas em seu segundo resgate, o país pode enfrentar problemas de financiamento, afirmou o vice-ministro de Finanças Christos Staikouras em uma resposta por escrito a uma autoridade datada de 19 de setembro. Ele não especificou o tamanho desse déficit. "Com a visão de cobrir o déficit de financiamento, e dado que o eurosistema detém 28 bilhões de euros de bônus gregos com vencimento em 2013-2016, a possibilidade de uma rolagem sobre os vencimento será examinada", disse Staikouras. Até agora o BCE recusou-se a enfrentar qualquer perda em relação aos títulos que comprou nos últimos anos para sustentar a dívida grega. Staikouras também afirmou que a Grécia pode ter que levantar mais dinheiro dos mercados de dívida em 2015 e 2016 do que os 10,6 bilhões de euros previstos em seu acordo de resgate neste ano. Autoridades da UE têm especulado que a Grécia pode precisar de uma segunda reestruturação de dívida para colocar suas finanças nos trilhos novamente.

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