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Manifestantes enfrentam a polícia em Atenas: acordo com a UE e o FMI tem forte  oposição dos sindicatos | Louisa Gouliamaki/AFP
Manifestantes enfrentam a polícia em Atenas: acordo com a UE e o FMI tem forte oposição dos sindicatos| Foto: Louisa Gouliamaki/AFP

Com o objetivo de quebrar o impasse sobre um pacote de ajuda grande o suficiente para salvar o país de um calote, o governo da Grécia anunciou ontem que lançará mais medidas de cortes fiscais. A redução no déficit público, que no ano passado passou de 13% do PIB, é uma das condições impostas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para formalizar um plano de resgate longo, de até três anos, e com recursos que podem passar de 130 bilhões de euros.O anúncio acalmou os investidores no mercado financeiro que temem o contágio da crise grega para outros países endividados no caso de um calote da dívida – o que, no extremo, coloca em risco a viabilidade da união monetária da zona do euro. Os sindicatos da Grécia, porém, são contra os cortes no orçamento, pois eles significam redução nos salários nos próximos anos. Ontem, trabalhadores fizeram protestos nas ruas de Atenas contra o anúncio do governo.

Uma autoridade sindical disse que o FMI pediu à Grécia que elevasse o imposto sobre valor agregado, descartasse os bônus salariais equivalentes a dois meses extras de pagamento no setor público e aceitasse um congelamento salarial de três anos. "É um desastre! O governo passou do limite. Nós não podemos viver desse jeito", disse Despina Spanou, membro do conselho do ADEDY, sindicato do setor público. Pesquisas de opinião mostram que a maioria dos gregos se opõe ao envolvimento da UE e do FMI e que dois terços acreditam que haverá agitação social.

A chanceler alemã Angela Merkel, cujo país teria um papel importante em um acordo de resgate, deixou claro que a Alemanha exigirá o rígido cumprimento dos termos em um acordo. "A Alemanha ajudará assim que – e eu enfatizaria o ‘assim que’ – as condições forem cumpridas."

Mercados

Com a possibilidade de a crise europeia ser contida por um pacote de ajuda, as bolsas reverteram ontem parte das perdas do início da semana. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), subiu 1,98%, para 67.978 pontos. O dólar caiu 1,2%, para R$ 1,732. É a menor cotação de fechamento desde 8 de janeiro.

Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em alta pelo segundo dia seguido, com uma safra de robustos balanços agradando investidores. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova Iorque, avançou 1,10%. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,63%.

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