A Grécia intensificou a diplomacia com os parceiros da zona do euro nesta terça-feira (6) na tentativa de evitar uma possível crise de liquidez catastrófica neste mês, quando o país precisa pagar uma grande parcela da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI), à medida que as reservas de dinheiro se esgotam.
Ministros viajaram para Frankfurt, Bruxelas e Paris para pedir por um afrouxamento no estrangulamento financeiro de Atenas, após o primeiro-ministro Alexis Tsipras, de esquerda, falar por telefone com a chanceler alemã, Angela Merkel, principal liderança da Europa. “Eles discutiram o futuro das negociações em Bruxelas e trocaram ideias sobre as questões do acordo Grego com os credores”, disse uma autoridade do governo grego na noite de segunda-feira.
Sem acordo
Conversas intensas continuaram com o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu sobre um acordo para conceder dinheiro ao país em troca de reformas, mas não houve sinal de novidades sobre pensões, reforma trabalhista e salário mínimo. Em um gesto de boa vontade, uma autoridade sênior do setor de privatização disse que Atenas estava pronta para finalizar um acordo de 1,2 bilhão de euros com a operadora alemã Fraport para gerenciar aeroportos regionais e reabrir a licitação para participação majoritária no porto de Piraeus.
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O comissário europeu de Economia, Pierre Moscovici, disse que o objetivo era que ministros das Finanças da zona do euro conseguissem registrar oficialmente um “forte avanço” nas negociações quando se encontraram na próxima segunda-feira, mas não sugeriu que um acordo seria possível até lá. A incerteza política fez com que a comissão reduzisse sua previsão para o crescimento econômico grego para 2015 de 2,5% há apenas três meses para 0,5%
“O fato de as negociações ainda estarem acontecendo sem serem concluídas após mais de três meses, tudo isso tem um impacto nas expectativas para o crescimento e as finanças públicas na Grécia”, disse Moscovici em entrevista coletiva.
O vice-premiê grego, Yannis Dragasakis, tinha encontro marcado com o chefe do Banco Central Europeu, Mario Draghi, em Frankfurt para pedir que o banco central aumente a liquidez para bancos gregos e permita que comprem títulos de curto-prazo do tesouro, aliviando a crise de financiamento do governo. A Grécia precisa pagar 970 milhões de euros ao FMI até 12 de maio.
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