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G-7 numa fria: ministro das Finanças do Canadá, Jim Flaherty, sai de um iglu | Geoff Robins/AFP
G-7 numa fria: ministro das Finanças do Canadá, Jim Flaherty, sai de um iglu| Foto: Geoff Robins/AFP

Encontro

Países do G-7 taxarão os bancos

Reuters

Iqaluit, Canadá - No encontro dos ministros de finanças do G-7, no Canadá, os sete líderes concordaram que os bancos devem contribuir com os custos da recuperação da crise mundial, mas não decidiram quais medidas, especificamente, as instituições financeiras devem usar, disse uma fonte do governo alemão.

"Há um consenso de que os bancos devem contribuir eles próprios para pagar pelo peso financeiro da crise", disse a autoridade, sob condição de anonimato. Mas ele também afirmou que não há acordo sobre como deverão fazê-lo.

O governo britânico já anunciou uma taxa de 50% sobre os bônus de funcionários de bancos para ajudar a arcar com os custos da crise. Nos Estados Unidos, por outro lado, parlamentares têm demorado mais para decidir sobre uma medida semelhante. Em janeiro, o presidente Barack Obama propôs uma taxa sobre as maiores instituições financeiras do país para recuperar as perdas do contribuinte associadas aos pacotes de resgate dos bancos.

A fonte disse ainda que o ministro das finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, convidou seus colegas para uma reunião em Berlim em 20 de maio para discutir como regular o sistema financeiro. O atual encontro conta com a presença de presidentes de bancos centrais, autoridades de agências reguladoras e acadêmicos.

Atenas - A Grécia irá se ater ao seu plano de redução do déficit e os três primeiros meses do ano serão cruciais para recuperar a confiança dos investidores e da União Europeia, disse ontem o ministro das finanças grego. "No que diz respeito ao orçamento, cada dia é um teste crucial para nós. As cifras mensais que divulgamos foram dissecadas pelos mercados e pela Comissão da UE, mas o primeiro trimestre certamente será crucial", disse George Papaconstantinou.

"As medidas que já anunciamos serão implementadas sem hesitação e terão resultado", acrescentou. No plano fiscal aprovado pela União Europeia na semana passada, a Grécia almeja reduzir seu déficit para abaixo de 3% do PIB até 2012, de um patamar de 12,7% de 2009 – o mais alto da zona do euro.

O governo disse que irá cortar o desperdício no setor público e reformar a taxação para atingir a meta, mas a UE disse querer maiores detalhes sobre as medidas planejadas até 16 de março e os mercados globais ainda duvidam de sua eficácia. O mercado de ações atingiu suas maiores baixas em três meses na sexta-feira, enquanto o euro despencou para seu menor valor em oito meses e meio em relação ao dólar.

O temor dos investidores tem foco nos países do Sul da Europa, como Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, chamados agora Piigs. A Grécia é o caso mais grave até o momento, mas há o risco de a crise ser mais ampla.

Espera-se que o governo grego mostre como irá lidar com suas preocupações fiscais nesta semana, quando planeja revelar nova política de impostos e salários. Papaconstantinou disse que ambas serão justas. "Sob estas circunstâncias, todos nós precisamos contribuir de forma justa, de acordo com nossas capacidades, enquanto os mais fracos são protegidos," disse ele. "O plano de corte de desperdício no serviço público segue nessa direção e o plano de taxação também."

O ministro das finanças reiterou que o projeto busca combater a evasão fiscal e irá abolir a ausência de taxação de certas categorias profissionais. Mas tais medidas são rejeitadas pelos grandes sindicatos trabalhistas do país, que planejam uma paralisação no final do mês.

O sindicato de servidores públicos gregos realizará uma greve de 24 horas na terça-feira para protestar contra o plano de austeridade fiscal, o primeiro teste sério à política econômica do governo. Os trabalhadores do setor privado também planejam uma greve no dia 24 de fevereiro.

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