Grécia tem nova greve contra a austeridade

A Grécia volta a conviver com uma greve geral, convocada para esta quinta-feira (18) pelos sindicatos, a quarta no ano, para protestar contra a austeridade, no mesmo dia de uma reunião de cúpula em Bruxelas das autoridades europeias.

Os serviços públicos e os transportes, como o metrô, trens e os táxis, foram fortemente afetados. Diversos voos foram cancelados.

Os dois principais sindicatos do país, GSEE e Adedy, desejam enviar a mensagem de que um terceiro ano consecutivo de cortes orçamentários não será suportado pelos gregos, enquanto o país afunda na recessão-depressão.

Várias manifestações estão ocorrendo para Atenas, onde 45 mil pessoas se reuniram segundo a última estimativa da Polícia; e também em outras cidades do país.

Ao mesmo tempo, o governo de coalizão, dirigido pelo primeiro-ministro conservador Antonis Samaras, continua discutindo com o trio de credores (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) sobre os últimos detalhes do programa de ajuste econômico.

Protestos deixam 5 feridos

Cerca de 50 pessoas foram detidas e cinco ficaram feridas durante as manifestações em Atenas. O protesto transcorreu de forma pacífica, mas por volta das 13h30 (horário local, 7h30 de Brasília), um grupo de encapuzados começou a jogar pedras e bombas incendiárias contra a Polícia antidistúrbios, que se viu obrigada a intervir.

Os agentes usaram gás lacrimogêneo em uma ação que deixou um saldo de 50 detidos e cinco feridos, três manifestantes e dois policiais.

A segunda greve geral na Grécia em três semanas protesta contra os novos ajustes que o Governo e a troika estão finalizando, que prevê diminuir pensões, salários públicos e serviços sociais.