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Sindicalistas tentam evitar desconto por dias parados

A Força Sindical nacional anunciou ontem a criação de um "fundo de greve" para os metalúrgicos da unidade Volkswagen de São José dos Pinhais (PR). Os recursos serão uma espécie de garantia de pagamento dos funcionários frente ao risco de a empresa descontar os dias parados da folha de pagamento. Hoje a greve completa 16 dias, com um saldo de aproximadamente 12 mil automóveis tendo deixado de ser produzidos.

Na agenda do dissídio coletivo, o departamento jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) tem até sexta-feira para enviar sua justificativa de greve ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Os advogados da Volkswagen têm até a sexta seguinte (2 de outubro) para apresentar seus argumentos no tribunal. "Nesse período a folha de setembro já terá sido processada", diz o diretor do SMC Jamil Dávila, justificando o auxílio da Força Sindical. "Ainda tem o prazo para que o TRT julgue o dissídio, então ninguém sabe até onde vai essa greve", diz.

Sindicato e patrões se reuniram em três audiências de conciliação antes que a Volkswagen recorresse ao julgamento do TRT. Nos últimos dias, a empresa equiparou sua proposta às demais aceitas pelas duas montadoras da região metropolitana, Renault e Volvo, de aumento real de 3% mais abono de R$ 2 mil. Mas o sindicato quer 5,32% de aumento real, reajuste imediato do adicional por trabalho noturno e a reorganização dos patamares de grade salarial. (AL)

Cerca de 1,2 milhão de correspondências já deixaram de ser entregues no Paraná em função da greve dos Correios, segundo estimativa da própria empresa. No país, são 36,4 milhões de entregas que não chegaram ao destino. Com o objetivo de obrigar a prestação básica de serviços, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou ontem que a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) mantenha pelo menos 30% dos funcionários em cada unidade da empresa. As procuradorias regionais do Trabalho farão a fiscalização do cumprimento da medida. Em caso de desobediência, poderá ser aplicada uma multa diária de R$ 50 mil.

O TST também marcou uma audiência de conciliação para quinta-feira, dia 24, na tentativa de chegar a um acordo sobre o aumento salarial da categoria e o fim da greve. Hoje a paralisação entra no sétimo dia. O sindicato dos trabalhadores reivindica aumento de 41%, que corresponderia a perdas ocorridas desde 1994. Os patrões ofereceram reajuste de 9%, válido por dois anos, e um adicional de R$ 100 sobre o piso.

Contas atrasadas

As entidades de defesa do consumidor alertam que o não recebimento das correspondências não dá o direito de pagar contas com atraso. A orientação é se antecipar à data limite dos pagamentos, buscando junto ao emissor do boleto alguma forma alternativa de pagamento – emissão de segunda via pela internet, depósito bancário ou ainda diretamente na sede ou escritório da empresa. O Procon afirma que todas as empresas são obrigadas a oferecer alternativas para o pagamento. Caso se recuse, o consumidor pode abrir uma reclamação junto ao órgão.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou que o consumidor pode se dirigir às agências do banco emissor do boleto a fim de retirar uma segunda via.

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