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Uma nova greve dos pilotos da companhia aérea alemã Lufthansa levou ao cancelamento nesta quarta-feira (18) de aproximadamente 750 voos de curta e média distância, afetando cerca de 80 mil passageiros, de acordo com os números fornecidos pela companhia.

No entanto, a situação nos principais aeroportos alemães foi relativamente tranquila, já que os passageiros foram advertidos anteriormente sobre a greve.

O aeroporto mais afetado foi o de Frankfurt, onde 480 voos foram cancelados, mas não foram registrados incidentes. “Já temos certa rotina para conduzir essas situações”, disse um porta-voz do aeroporto, que lidou com greves de pilotos da Lufthansa em 12 ocasiões no período de um ano.

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O sindicato de pilotos Vereinigunf Cockpit (VC) anunciou que continuará com a greve nesta quinta-feira (19), que será concentrada nos trajetos de longa distância.

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A Lufthansa informou que espera que 43 dos 85 voos intercontinentais programados sejam realizados.

“Os voos intercontinentais serão assumidos na medida do possível por outras companhias aéreas, já que a Lufthansa conta com uma rede de cooperação no mundo todo”, disse uma porta-voz da empresa.

Reivindicações

O motivo principal da greve é uma disputa sobre as regras de pré-aposentadoria da companhia para os cerca de 5,4 mil pilotos.

As diferenças entre o sindicato e a empresa se concentram na idade na qual os pilotos podem recorrer à pré-aposentadoria, e menos na remuneração, que atualmente está em torno de 60% do salário bruto.

A princípio, a Lufthansa queria aumentar a idade mínima de pré-aposentadoria dos 55 anos atuais para 60. Apesar de ter abandonado esse plano durante as negociações, mantém seu objetivo de aumentar a idade média de pré-aposentadoria dos 58 para os 61 anos.

Também se discute se os novos pilotos terão a possibilidade de uma pré-aposentadoria financiada pela empresa, já que Lufthansa quer que eles façam parte de um plano de pré-aposentadoria financiado por eles mesmos.

A companhia aérea alemã quer reduzir custos para enfrentar a concorrência das companhias aéreas que operam com preços baixos e daquelas que recebem subsídios estatais.

Impasse

A última negociação entre a empresa e o sindicato fracassou na semana passada, o que levou à convocação da nova greve.

Desde abril de 2014, o sindicato convocou 13 greves – mas cancelou uma delas na última hora – na Lufthansa e em suas filiais, Lufthansa Cargo e Germanwings.

Segundo o consórcio, as greves, sem incluir a de hoje, tiveram um custo de cerca de 220 milhões de euros, levaram ao cancelamento de 7,7 mil voos e afetaram 880 mil passageiros.

O sindicato não descarta uma escalada do conflito trabalhista. “Não temos a sensação de que vamos conseguir algo com delicadeza excessiva. Por enquanto, é imaginável qualquer coisa”, disse um porta-voz do sindicato.

Apesar de nesta quinta a greve só afetar diretamente os voos intercontinentais, terá repercussões indiretas sobre o tráfego aéreo nacional e europeu.

Muitos voos que funcionam como conexões de Munique e Frankfurt para outras cidades europeias podem ficar praticamente sem passageiros com o cancelamento dos trajetos intercontinentais.

Para esta sexta-feira, a Lufthansa espera voltar à normalidade tanto nos trajetos nacionais e europeus como nos voos intercontinentais.

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