Os bancos ofereceram reajuste de 10% nos salários e benefícios, com ganho real de 0,11%, e de 14% no vales refeição e alimentação| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

O Comando Nacional dos Bancários recomendou que a categoria aprove a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última sexta-feira (23), o que pode marcar o fim da greve da categoria que completa 21 dias nesta segunda (26).

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Os bancos ofereceram reajuste de 10% nos salários e benefícios, com ganho real de 0,11%, e de 14% no vales refeição e alimentação – a proposta está abaixo dos 16% de reajuste pedido inicialmente pelos bancários. “Foi uma vitória dos trabalhadores porque os bancos queriam um reajuste abaixo da inflação”, disse a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

Agora, os bancários de todo o país farão assembleias nesta segunda-feira para decidir sobre a continuidade do movimento. “Com esse índice, em 12 anos iremos acumular 20,83% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos. O vale refeição será de R$ 29,64 por dia, com reajuste de 14% e 3,75% de ganho real”, disse o sindicato. A proposta da Fenaban também inclui abono de até 72% dos dias parados.

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Em Curitiba, a assembleia ocorrerá no fim da tarde desta segunda, às 18h, no Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários(Rua Piquiri, Rebouças). Também serão analisadas propostas específicas para os trabalhadores do Banco do Brasil e da Caixa.

Na capital e cidades vizinhas, a paralisação atingiu na sexta-feira (23) 362 agências e 15 mil trabalhadores, número que equivale a 81% do efetivo da categoria. No Paraná, segundo o sindicato, 20.450 trabalhadores estavam parados, afetando o atendimento em 830 agências.

Negociação

Desde o dia 25 de setembro, os bancos haviam apresentado três propostas. A primeira previa reajuste de 5,5%, com abono de R$ 2,5 mil. Na segunda oferta, feita dia 20, apresentaram correção de 7,5% aos salários, sem abono. Na última quarta-feira (21), foi proposto reajuste de 8,75% também sem abono.

A categoria recebeu aumento real de 20,07% no período entre 2004 e 2014. Ano passado, foram 2,02% acima da inflação.

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