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Trabalhadores da Petrobras em oito estados - incluindo o Paraná - decidiram em assembleias encerrar, nesta quarta-feira (23), a greve nacional iniciada na última quinta-feira (17). A categoria aceitou a proposta salarial da empresa, de reajuste de 8,56%, além de outros benefícios. O sindicato exigia aumento de 12,86%. As atividades devem ser retomadas já nesta quinta-feira (24).

Os estados de Amazonas, da Bahia, de Minas Gerais, do Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e São Paulo já encerraram a paralisação e novas assembleias marcadas para quinta-feira (24) podem determinar o fim da greve nos demais estados. De acordo com o presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), o movimento foi positivo. "Nós, da diretoria, acreditamos que avançamos muito em diversos itens da nossa pauta", disse o sindicalista. Demais

O presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro) Silvaney Bernardi concorda com Moraes. "A categoria saiu fortalecida, porque há muito tempo não tínhamos uma greve com essa dimensão. Foi um momento importante para nós", destacou.

Proposição da empresa

Na proposta apresentada pela Petrobras na terça (22), os trabalhadores obtiveram ganhos nos benefícios de saúde e segurança do trabalho, segundo a FUP. Eles também tiveram a garantia de que os grevistas não serão prejudicados.

O presidente da FUP também abortou o leilão do Campo de Libra. "Se não conseguimos evitar o leilão, pautamos o assunto na sociedade. Antes, praticamente não existia debate. O maior campo já descoberto no país e a sociedade não tinha conhecimento do processo. Outras áreas vão ser leiloadas, e é preciso que o povo participe", afirmou o presidente da FUP. Ao assunto, Bernardi acrescentou que o tema do leilão "é muito importante para o país e não apenas para os petroleiros".

Moraes destacou ainda a criação de um Fundo Garantidor para funcionários terceirizados. O fundo terá recursos previstos nos novos contratos da Petrobras com empresas terceirizadas. O objetivo é garantir aos trabalhadores das empresas direitos trabalhistas equivalentes aos funcionários da estatal, como férias, décimo terceiro salário e adicional de periculosidade, além de outros benefícios.

"Esses profissionais eram dispensados sem qualquer direito ao término dos contratos. Com esta questão, ajudamos a pautar a discussão sobre o Projeto de Lei 4.330, sobre a terceirização, que leva a uma precarização do trabalho. Como categoria, temos força para pressionar o governo", afirmou.

Prejuízos

O Sindipetro estima que, por conta da greve, um terço da produção da Refinaria Presidente Vargas (Repar), em Araucária, na Região Metropolitana, tenha sido prejudicada. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Repar informou que não houve prejuízo ou diminuição da produção, já que equipes de contingência entraram em ação e supriram a demanda deixada pelos funcionários paralisados.

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