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A greve nacional dos funcionários da Infraero entrou no segundo dia nesta quinta-feira (1º), mas continua sem gerar impactos nas operações de voos de passageiros do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Durante a manhã, manifestantes fizeram um apitaço e seguraram faixas no local, mas não impediram embarques ou desembarques. O terminal que serve Curitiba e região registrou apenas um cancelamento e sete atrasos entre os 41 voos programados até o meio-dia.

Durante a manhã, manifestantes do Sindicato Nacional fizeram protestos e em assembleia da categoria decidiram cumprir a liminar da Justiça que determinou, nesta quarta (31), o mínimo de funcionários que precisa ser mantido. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) estabeleceu uma multa diária de R$ 50 mil, caso não haja 70% dos servidores ligados às áreas de operação e segurança e 40% dos demais servidores trabalhando normalmente.

Os protestos são coordenados pelo Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina). Wilson Vieira de Souza, um dos diretores, relatou que os funcionários de Curitiba decidiram, nesta manhã, manter a paralisação, mas atendendo à liminar. "Em torno de 120 funcionários participaram da votação. Ainda não sabemos qual o impacto que vai ter, mas definimos que vamos cumprir a determinação da Justiça".

Para a próxima terça-feira (6) está marcada uma audiência de negociação com os funcionários, em Brasília. A votação na assembleia da manhã desta quinta (1ª) vale até o dia da negociação. A partir do resultado dessa reunião, conforme Souza, acontecem assembleias para definir a aceitação ou não de uma possível proposta de reajuste da Infraero. No entanto, outras votações organizativas podem ocorrer nesse intervalo de tempo.

A empresa também reafirmou que são seis os aeroportos com adesão mais significativa à greve: Congonhas (SP), Galeão (RJ), Recife (PE), Fortaleza (CE), Vitória (ES) e Salvador (BA). O Sindicato contesta a informação e diz que a paralisação atinge 70% de todos os aeroportos do País, com adesão de 90% dos 13 mil funcionários responsáveis pelas operações de solo da Infraero.

Reivindicações

Os aeroportuários negociam um reajuste salarial de 16% diante de uma proposta de 6,49% oferecida pela Infraero. Além disso, a categoria pede a manutenção dos benefícios de assistência médica que, de acordo com os funcionários, seria suspenso pela empresa. Os grevistas são trabalhadores vinculados diretamente à Infraero, como fiscais de pátio, servidores do Terminal de Cargas, de engenharia e trabalhadores administrativos. O Sina estima que haja 300 trabalhadores no terminal que serve Curitiba e região.

Ao contrário do que chegou a ser divulgado, o sindicato esclareceu que os salários dos funcionários não estão atrasados. A Infraero informou que respeita a manifestação dos empregados, que os salários estão em dia, e que está negociando com o sindicato da categoria um acordo coletivo que atenda aos interesses dos funcionários e da empresa.

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