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Agências abrem para pagamento de funcionários públicos

Apesar da greve, três agências do Banco do Brasil estão abertas para atender funcionários públicos estaduais que não têm conta bancária. Cerca de 8,6 mil profissionais temporários contratados pelo Processo de Seleção Simplificado (PSS) dependem do serviço para receber seus salários e poderiam ficar sem o pagamento por conta da paralisação. Para evitar o transtornos, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região informa que ficarão abertas as agências Muricy (Rua Dr. Muricy, 875, em Curitiba), Colombo (Rua XV de Novembro, 279, em Colombo) e Parque da Fonte (Avenida Rui Barbosa, 9146, em São José dos Pinhais). A entidade alerta, no entanto, que o atendimento será restrito aos servidores do estado e que o modo depósito não estará disponível nos caixas automáticos.Leia a matéria completa

A greve dos bancários, que nos primeiros dias afetava o atendimento principalmente do Centro de Curitiba, ganha adesão entre os trabalhadores dos bairros e atinge 272 (61%) das 444 unidades bancárias da capital e região nesta sexta-feira (2), de acordo com balanço do sindicato da categoria. Neste nono dia de paralisação, 13,2 mil trabalhadores estariam de braços cruzados na região de Curitiba, segundo a entidade.

Além dos bairros da região central da capital – Juvevê, Portão, Centro Cívico, Hauer, Bacacheri, Mercês, Alto da XV, Água Verde e Batel –, nesta sexta-feira a greve ganha mobilização de trabalhadores de bairros como Tarumã e Santa Cândida. Na região metropolitana, os municípios mais afetados são São José dos Pinhais, Pinhais, Araucária, Campo Largo, Colombo e Piraquara, de acordo com os trabalhadores.

Segundo dados da entidade, como nos outros dias, além das agências, dez centros administrativos estão fechados em Curitiba e região, e as instituições mais afetadas são Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú, Unibanco, Santander e Banco Real.

Nesta sexta-feira, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o comando nacional de greve realizaram uma nova reunião de negociação, em São Paulo, que começou por volta das 11 horas e durou até as 17 horas.

No entanto, novamente não houve acordo, pois a Fenaban não apresentou nova proposta. Dessa forma, os trabalhadores da região de Curitiba fizeram uma assembleia, às 18 horas, na capital paranaense que teve apenas caráter informativo, visto que não houve votação.

Sendo assim, a greve foi mantida por tempo indeterminado e não havia data para uma nova reunião entre as partes. A audiência foi marcada depois que outro encontro entre as partes terminou sem acordo, na quinta-feira (1º). Em todo o Paraná, 16,8 mil trabalhadores estariam de braços cruzados, prejudicando o atendimento em 523 agências, segundo o sindicato dos bancários.

Reivindicações

Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 10%, participação nos lucros e resultados (PLR) de R$ 3.850 e mais três vezes o valor do salário, auxílio refeição de R$ 19,25, cesta-alimentação, auxílio creche e uma garantia da manutenção dos empregos.

Na última proposta apresentada, a Fenaban, entidade patronal, ofereceu 4,5% de reajuste, cesta-alimentação no valor de R$ 285,21, auxílio creche de R$ 205, e uma PLR dividida em duas parcelas. A primeira seria equivalente a um salário e meio na faixa de até R$ 10 mil, mais 4% do lucro líquido de 2009. A outra seria de 1,5% do lucro líquido, distribuído, igualmente, entre os empregados, até R$ 1.500. Não houve menção à garantia de empregos.

Decisões da Justiça do Trabalho

Nesta sexta-feira (2) a 4ª Vara do Trabalho de Maringá deu parecer favorável ao recurso do sindicato dos bancários da cidade e cassou a liminar que havia sido obtida pelo Bradesco na quarta-feira (30).

O banco havia obtido um interdito proibitório ao alegar que os sindicalistas estavam fazendo piquetes e impedindo o acesso às agências da instituição. No entanto, como a liminar foi derrubada nessa sexta-feira, as agências do Bradesco na cidade voltam a ficar fechadas na segunda-feira (5).

Já em Foz do Iguaçu, a 1ª Vara do Trabalho não acatou o mandado de segurança impetrado pelo HSBC. O banco também tentava obter um interdito proibitório. Esse recurso foi julgado em segunda instância. A Justiça do Trabalho de Foz do Iguaçu já havia dado parecer negativo à liminar do HSBC na primeira análise.

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