Trabalhadores exigem o pagamento da segunda parcela do PLR de 2015.| Foto: Divulgação/SMC

Cerca de 900 trabalhadores da paranaense WHB Fundição, localizada na Cidade Industrial de Curitiba, estão em greve há quatro dias. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba, eles exigem o pagamento da segunda parcela da PLR (participação nos lucros e resultados) de 2015, no valor de R$ 7,5 mil, acordado com a companhia em 2014. A WHB fabrica peças automotivas e ferroviárias, e fornece para os principais players do setor, como Volkswagen, General Motors, Fiat e Rumo-ALL.

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Nesta sexta-feira (5), os funcionários reunidos em assembleia recusaram a contraproposta da empresa de pagar um abono emergencial de R$ 3,4 mil parcelado em três vezes (agosto de 2016, fevereiro de 2017 e agosto de 2017). O sindicato marcou uma nova reunião na segunda-feira de Carnaval para debater novas ações da paralisação, que começou na última terça-feira (2) com uma passeata por ruas ao redor da planta industrial na CIC. O movimento é por tempo indeterminado.

A WHB é uma empresa de capital nacional, com sede em Curitiba. Possui ainda uma segunda unidade em Pernambuco, na cidade de Glória de Goitá, inaugurada em 2012. A linha de montagem da unidade paranaense foi ampliada nos últimos anos, sendo o investimento no valor de R$ 350 milhões incluído no programa Paraná Competitivo, do governo do estado, que concede benefícios fiscais para instalação, ampliação e modernização de empresas no Paraná.

Fornecedora do setor automotivo, a WHB sofre os efeitos da retração no setor, cuja produção encolheu 22,8% em 2015. As vendas de veículos caíram 26,6% no mesmo ano.