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A greve dos funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), iniciada à 0h desta quarta-feira, 31, não prejudica o funcionamento dos aeroportos do País, segundo a Infraero. Os índices de voos atrasados e cancelados - respectivamente 5,3% e 13,2%, às 11h - está dentro do padrão normal de operação, de acordo com a empresa.

A estimativa do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) é de que a paralisação atinja 63 aeroportos administrados pela Infraero. Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e o aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, leiloados à iniciativa privada, não serão afetados.

Nesta manhã, o aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, registrava mais de 60% dos voos cancelados ou atrasados. No entanto, segundo a Infraero, a situação era decorrência do mau tempo, que provocou o fechamento do terminal para pousos e decolagens. A assessoria de imprensa do Sina reconheceu que a maioria dos aeroportos opera normalmente.

Em nota, a Infraero disse que possui um plano de contingenciamento, que inclui remanejamento de empregados e reforço de equipes em horários de maior movimento, para garantir os serviços essenciais e a operacionalidade dos terminais.

Apesar do funcionamento normal dos aeroportos, a categoria mantém a expectativa de 70% de adesão à greve - número que representa mais de 9 mil dos 13 mil funcionários responsáveis pelas operações de solo da Infraero. Só em Congonhas, segundo levantamento prévio do Sina, 90% dos trabalhadores paralisaram suas atividades nesta manhã. Entre eles, programadores de voos, fiscais de pátios, terminais de passageiros e segurança e trabalhadores das centrais de operação e de monitoramento. No entanto, de acordo com a Infraero, até as 11h, os atrasos atingiam 10% dos voos e 7,5% foram cancelados. Os números são considerados dentro da média pela Infraero.

Reivindicações

Os aeroportuários negociam um reajuste salarial de 16% diante de uma proposta de 6,49% oferecida pela Infraero. Além disso, a categoria pede a manutenção dos benefícios de assistência médica que, de acordo com os funcionários, seria suspenso pela empresa.

Ao contrário do que chegou a ser divulgado, o sindicato esclareceu que os salários dos funcionários não estão atrasados. "O que está três meses atrasado é o reajuste. A reposição deveria acontecer no dia 1º de maio", disse a assessoria.

Às 15h, a categoria fará uma assembleia geral em vários aeroportos do País para discutir a paralisação. O Sindicato adiantou que, caso uma nova proposta não seja apresentada, a greve será mantida por tempo indeterminado.

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