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Os cerca de 11 mil metalúrgicos das montadoras Renault/Nissan e Volkswagen, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, e Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), pararam todas as atividades ontem, em protesto a uma proposta de reajuste salarial formulada pelas empresas. O Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) propôs 0,5% de aumento real, além dos 7,6% de correção da inflação acumulada em 12 meses. A proposta foi rejeitada pelos trabalhadores, que pedem 5% de aumento real, correção da inflação e abono de R$ 1,5 mil, totalizando um reajuste de 13%.

A paralisação de 24 horas teve conseqüências na produção das montadoras. Juntas, as três empresas deixaram de fabricar aproximadamente 1,5 mil automóveis, 1,1 mil motores e 80 caminhões. O advogado do Sinfavea, Carlos Roberto Ribas Santiago, afirmou que os metalúrgicos pararam de trabalhar sem nenhuma razão. "A greve desta segunda deixou as montadoras surpresas. Como estamos negociando com os trabalhadores, não entendemos o motivo disso. Queremos uma explicação, pois há prejuízos de produção", afirma.

O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Cláudio Grann, explica que a paralisação foi de advertência e que a categoria aguarda novas propostas das montadoras até a manhã de hoje para decidir se mantém os braços cruzados. "Se não houver acordo, deflagraremos greve por tempo indeterminado", diz. Segundo o presidente do SMC, Sérgio Butka, a proposta do Sinfavea foi muito abaixo do esperado. "As montadoras estão produzindo muito e batendo recordes. Isso possibilita boas negociações. Se chegarem com boas propostas, faremos acordo; caso contrário, devemos decidir pela greve por tempo indeterminado."

Histórico

Em 2007, durante os quatro dias úteis da greve, cerca de 6,5 mil carros deixaram de ser produzidos nas fábricas da Volkswagen e da Renault. Na época, os trabalhadores da Volvo não aderiram à greve e assinaram um acordo separadamente.Os metalúrgicos reivindicavam 8,5% de aumento em setembro e R$ 800 de abono, a serem pagos em 5 de outubro. Nas negociações, conseguiram 7,44% de aumento em dezembro e R$ 1,5 mil de abono pagos em outubro.

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