Entre os grupos tradicionais de Curitiba, os investimentos e a atração de novos alunos são encarados como uma estratégia de manutenção de mercado e defesa contra a inadimplência e a concorrência. A proporção de alunos que deixam de pagar as mensalidades é de 20%.
Para se tornar mais atraente, o Centro Universitário Unicenp, do grupo Positivo, pretende levantar nos próximos anos um novo teatro e um hotel-escola, aproveitando os 245 metros quadrados de área livre que possui em sua sede, no Campo Comprido. O vice-reitor, José Pio Martins, nega os boatos de que o centro universitário planeje criar parcerias com outras faculdades privadas.
Para o diretor das faculdades Opet, Ronaldo Casagrande, uma forma de se fortalecer no mercado é criar um posicionamento inédito e bastante claro. Neste sentido, a Opet adotou os cursos técnicos. "Além de termos sido pioneiros no segmento, conseguimos criar uma imagem de empresa com forte vínculo com o mercado de trabalho."
Outras faculdades que estão há décadas no mercado querem aumentar a qualidade do serviço. Para o diretor das Faculdades Curitiba, Claudio Lubascher, só agora a maioria dos estudantes da cidade começa a distinguir entre cursos sérios e instituições "mercantilistas". Para aumentar a percepção de qualidade, a Curitiba passou a exigir titulação dos professores.
A mesma atitude foi tomada pela PUC, que começou a investir em pesquisa científica nos últimos anos. São 13 cursos de mestrado e oito de doutorado. "A concorrência é positiva porque obriga a melhorar", diz o diretor, Sérgio De Angeles. Já a Tuiuti tem investido em professores de período integral.
A Uniandrade informa que investiu R$ 2,4 milhões em livros e recebeu novos 300 alunos na virada do semestre, para se manter competitiva. Apesar da mensalidade média de R$ 486, enfrenta taxas de inadimplência entre 30 e 40%.
A Universidade Federal do Paraná, por ser pública, não enfrenta problemas de inadimplência, mas sim de evasão. Para diminuir o problema de vagas ociosas, os departamentos com maiores taxas de evasão criaram um curso inicial de nivelamento de alguns meses, que seleciona os melhores alunos para continuar o curso. Também oferece as vagas ociosas a alunos de outras universidades, por meio do Provar Programa de Ocupação de Vagas Remanescentes. (HC)
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