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Fábrica da paranaense Guararapes em Caçador (SC) vai triplicar sua capacidade de produção em 2016 | Divulgação
Fábrica da paranaense Guararapes em Caçador (SC) vai triplicar sua capacidade de produção em 2016| Foto: Divulgação

Exportações

Mercado externo se recupera

As exportações totais de madeira do Paraná cresceram pelo terceiro ano seguido em 2014, consolidando a recuperação desde a queda provocada a partir 2008, com a crise financeira internacional. O valor das vendas ao exterior cresceu para US$ 844 milhões, um avanço de 10,3% sobre 2013.

Os Estados Unidos respondem por 35% do total das compras, seguidos por Bélgica, Reino Unido e Alemanha, que, juntos, compraram 20% da madeira exportada pelo Paraná.

Diretor-geral da Guararapes, Ricardo Pedroso acredita que o cenário seguirá favorável para as exportações, em razão da valorização do dólar e da recuperação de mercados externos, como o americano, que responde por cerca de 18% das exportações da empresa.

A produção de MDF – painéis de madeira usados principalmente na produção de móveis – deve se tornar, a partir do próximo ano, o principal produto comercializado pela Guararapes, maior empresa do ramo madeireiro do Paraná, com sede em Palmas. A mudança virá com a inauguração, em março de 2016, de uma nova linha de produção na unidade de Caçador (SC), que vai receber investimentos de R$ 230 milhões para triplicar a capacidade produtiva de MDF.

A empresa passou a produzir esse produto em 2009, com a abertura da fábrica em Caçador, focada exclusivamente no mercado doméstico. Até então, a Guararapes, que completou 30 anos em 2014, atuava apenas com compensados, produzidos nas unidades de Palmas (PR) e Santa Cecília (SC), destinados à exportação para o mercado de construção civil.

Cerca de 60% do faturamento da empresa parte das vendas de compensando e 40%, de MDF – essa proporção deve se inverter com o início do funcionamento da nova linha de Caçador. "Podemos chegar a ter 75% do faturamento vindo do mercado interno, com o MDF", estima o diretor-geral da Guararapes, Ricardo Pedroso. A ideia é que a empresa passe da sétima para a quarta ou quinta colocação entre os principais produtores de MDF do país.

Pedroso diz que, apesar da debilidade atual da economia nacional, o mercado do produto é promissor, pois não está totalmente formado, como o de compensado. Há, também, expectativa de melhoria do cenário doméstico. "Estamos em um ano de ajustes. Mas como o investimento é de médio prazo, o mercado deve se recuperar até lá."

O investimento no produto é um passo importante para reduzir a dependência do mercado externo, que criou sérias dificuldades para o ramo madeireiro durante a crise imobiliária americana, a partir de 2008. Períodos de baixa do dólar – com a moeda cotada na faixa de R$ 1,60, como em 2008 – também prejudicaram o segmento.

A nova unidade de produção deve elevar a capacidade produtiva e MDF de 200 mil m³/ano para 600 mil m³/ano, com a criação de cerca de 160 empregos diretos – a Guararapes tem, hoje, 1,8 mil funcionários em suas três unidades.

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