• Carregando...

O Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região cassou, em menos de 12 horas, na madrugada de terça-feira, as duas liminares que impediam o leilão da Usina Hidrelétrica de Mauá. A vitória da Advocacia Geral da União (AGU) surpreendeu cientistas, ambientalistas e Ministério Público Federal, que desde 1999 tentam evitar a construção da usina. O MPF ainda avalia quais medidas cabem para evitar a construção. O empreendimento já foi denunciado em seis ações judiciais que se arrastam na Justiça Federal sem solução. Há denúncicas de corrupção e fraude na concessão de licenças e liberações ambientais, além de acusações de que populações ribeirinhas e indígenas foram ignoradas no processo. Os opositores da usina também dizem que até hoje o governo federal não apontou o potencial de desestruturação biológica da flora e fauna do Rio Tibagi. A cientista Maria Josefa Yabe, doutora em química ambiental que há mais de 10 anos estuda o Rio Tibagi, lamentou as decisões da Justiça e disse que construir a usina significa matar o "último rio do Paraná onde ainda há equilíbrio biológico". Junto com outros pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina, ela coloca em suspeição os estudos da hidrelétrica. Essas análises e descobertas embasam as ações do MPF contra a usina.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]