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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira acreditar que há uma "luz no fim do túnel" para a crise na zona do euro, avaliando que o Banco Central Europeu (BCE) tomou medidas e se aproximou de um "emprestador de última instância."

"Estamos vendo luz no fim do túnel na questão europeia. É um longo tunel, mas pode ser uma luz importante," afirmou o ministro da Fazenda, cobrando que os países europeus deem sequência às providências tomadas pela autoridade monetária .

Mantega disse que estava faltando para o BCE uma atuação mais elástica. "O BCE se aproxima mais de um emprestador de última instancia que ele vinha cumprindo de forma tímida, quase que envergonhada. Estou vendo que os países europeus estão percebendo que precisam colocar o Banco Central Europeu na frente do combate nessa crise," disse.

A autoridade monetária reduziu a taxa básica de juros para 1 por cento ao ano e elevou a liquidez dos bancos, como redução de compulsório e facilitação de operação de seguros para as instituições financeiras.

Apesar disso, as bolsas ampliavam as perdas na tarde desta quinta, considerando que o presidente do BCE, Mario Draghi, não se comprometeu a intensificar a compra de bônus de países da zona do euro em dificuldades.

O ministro da Fazenda citou como passos a serem tomados pela autoridade monetária europeia a necessidade de garantir a emissão de títulos dos países europeus. "Ainda não é ideal, tem que avancar a ponto de dizer que ele vai comprar bônus dos paises europeus... vai garantir que a rolagem dos bônus dos países europeus vai ser garantida pelo BCE," disse o ministro da Fazenda.

Mantega voltou a dizer que o Brasil está disposto a contribuir com mais recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), mas somente depois de os países europeus se comprometerem com o aporte de recursos.

O titular da Fazenda rejeitou a ideia de injetar recursos em fundos para comprar títulos da dívida de países da zona do euro. "O Brasil não está disposto a participar de fundos de investimento para comprar bônus. Não é isso o que queremos," afirmou.

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